ATA DA SEPTUAGÉSIMA QUARTA
SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA
LEGISLATURA, EM 06-9-2007.
Aos
seis dias do mês de setembro do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário
Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às
quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Dr.
Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, José Ismael Heinen,
Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Meneghetti e Professor
Garcia. Constatada
a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Carlos
Todeschini, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo
de Souza, João Carlos Nedel, Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely, Mario Fraga,
Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos,
Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo
Vereador Alceu Brasinha, o Pedido de Providência nº 3758/07; pelo Vereador
Bernardino Vendruscolo, os Pedidos de Providência nos 3749 a
3751/07; pelo Vereador Carlos Todeschini, o Pedido de Informação nº 146/07
(Processo nº 6817/07); pelo Vereador Claudio Sebenelo, os Requerimentos nos 112 e 113/07 (Processos nos 6801 e 6803/07,
respectivamente) e os Pedidos de Providência nos 3753 a 3756/07;
pelo Vereador Haroldo de Souza, os Pedidos de Providência nos 3745 e
3746/07; pelo Vereador Márcio Bins Ely, os Pedidos de Providência nos
3744, 3747, 3748, 3752 e 3757/07; pela Vereadora Maria Luiza, as Indicações nos 124, 125 e 126/07 (Processos nos 6822, 6823 e 6824/07, respectivamente); pelo Vereador
Professor Garcia, o Pedido de Providência nº 3759/07. Do EXPEDIENTE, constaram
os Ofícios nos 1237, 3360, 3930, 4235 e 4818/07, do Fundo Nacional
de Saúde do Ministério da Saúde. Após, a Senhora Presidenta concedeu a palavra,
em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Sady Severo Martins, Presidente da Igreja Evangélica
Pentecostal Deus Conosco, que discorreu sobre os projetos sociais desenvolvidos
pela instituição presidida por Sua Senhoria, destacando que essas ações são
coordenadas pela Organização Não Governamental Lírio do Campo e possuem como
principal público-alvo jovens carentes de doze a vinte e cinco anos de idade.
Quanto ao assunto, frisou a importância de programas que viabilizem a esses
jovens a conclusão do Ensino Médio e o preparo necessário para ingresso no
mercado de trabalho. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os
Vereadores Ervino Besson, José Ismael Heinen, Aldacir Oliboni, Luiz Braz, Dr.
Raul e Nilo Santos manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna
Popular. Ainda, a Senhora Presidenta concedeu a palavra ao Senhor Sady Severo
Martins, para considerações finais em relação às manifestações dos Senhores
Vereadores sobre o tema abordado por Sua Senhoria em Tribuna Popular. Às
quatorze horas e vinte e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quatorze horas e vinte e seis minutos, constatada
a existência de quórum. Na oportunidade, a Senhora Presidenta registrou a
presença, neste Plenário, de alunos e do Professor Gilberto Komhan, da Escola Estadual
de Ensino Fundamental Pepita de Leão, que comparecem à Câmara Municipal de
Porto Alegre para participar do Projeto de Educação Política, desenvolvido pelo
Memorial desta Casa. Em TEMPO DE PRESIDENTE, a Vereadora Maria Celeste saudou o lançamento, hoje, na
internet, do “Portal Transparência” desta Casa, que disponibiliza à população
dados das atividades dos Vereadores e informações administrativas e financeiras
relativas ao Poder Legislativo Municipal. Ainda, procedeu ao lançamento do livro “Logradouros públicos em Porto Alegre: presença feminina na
denominação”, editado por esta Casa a partir de informações pesquisadas pela
Seção de Memorial. Na ocasião, a Senhora Presidenta procedeu à entrega de
flores à Senhora Rosa Ângela Fontes, funcionária da Seção de Memorial,
responsável pela pesquisa de dados e edição do livro “Logradouros públicos em
Porto Alegre: presença feminina na denominação”. Após, foram apregoados os
Memorandos nos 295 e 296/07, firmados pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta
da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio dos quais Sua Excelência informa
as Representações Externas, respectivamente: do Vereador Bernardino Vendruscolo,
no período de seis a nove de setembro do corrente, na 15ª Cavalgada Farroupilha,
no trecho compreendido entre os Municípios de Dom Pedrito e Santana do Livramento;
do Vereador João Carlos Nedel, no dia doze de setembro do corrente, na abertura
da XI Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul, em Bento Gonçalves – RS.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib aludiu à passagem, amanhã,
do Dia da Independência do Brasil, comentando
definições do termo “patriotismo”, efetuadas por Rui Barbosa e Monteiro Lobato.
Nesse sentido, questionou os
motivos pelos quais esta Câmara não programou Sessão Solene referente à data, lendo texto do Professor Mário
Gardelin, no qual são rememoradas atividades cívicas referentes ao dia sete de
setembro, realizadas quando da infância do escritor. Em GRANDE EXPEDIENTE, o
Vereador Dr. Goulart elogiou o
atendimento a pessoas portadoras de necessidades especiais, proporcionado pelo
Centro de Reabilitação de Porto Alegre – CEREPAL –, relatando visita efetuada por Sua Excelência a essa instituição,
localizada no Bairro Passo da Areia. Da
mesma forma, afirmou que os funcionários que atuam nessa entidade são
exemplo de profissionalismo, dedicação, competência e sensibilidade no trato
com o ser humano. O Vereador Dr. Raul cumprimentou
os membros da diretoria do Petrópole Tênis Clube, presentes neste Plenário, registrando o transcurso, amanhã, do
aniversário da fundação desse clube, ocorrida no ano de mil novecentos e
quarenta e um. Também, lembrou momentos
da história dessa instituição, enfocando o papel por ela
desempenhado ao longo dos anos como elemento de integração e desenvolvimento
esportivo e cultural da sociedade porto-alegrense. Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora
Clênia Maranhão manifestou-se
acerca do processo de implantação do sistema de bilhetagem eletrônica nos
ônibus de Porto Alegre, que substituirá as fichas de vale-transporte e
carteiras de identificação atualmente utilizadas. Igualmente, destacou
que os primeiros cartões de crédito eletrônico referentes a esse sistema foram
entregues a idosos e pessoas portadoras de deficiência, viabilizando mais
agilidade no atendimento e mais conforto a esses usuários. O Vereador Mario
Fraga parabenizou o transcurso dos sessenta e cinco anos do Petrópole Tênis
Clube. Ainda, externou sua satisfação pela aprovação, ontem, neste Legislativo,
do Projeto de Lei do Legislativo nº 070/05, que define a política Municipal de
Apoio ao Cooperativismo, e reportou-se às festividades dos cento e trinta e um anos
da Padroeira de Belém, anunciando a programação relativa a esse evento, que
ocorrerá a partir de hoje no Bairro Belém Novo. O Vereador Haroldo de Souza criticou
declarações do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, publicadas hoje na imprensa,
em defesa de integrantes do Partido dos Trabalhadores, sobre os quais pesam
denúncias de desvio de dinheiro público. Ainda, contestou o programa federal
“Bolsa-Família” a adolescentes; questionou o cancelamento de convênio estadual
com a Fundação Pão dos Pobres de Santo Antônio e aludiu à originalidade da apresentação
de Projeto de Lei de sua autoria, que proíbe telefones celulares em salas de
aula. O Vereador Dr. Goulart, falando em nome da Bancada do Partido Trabalhista
Brasileiro, elogiou o trabalho dos Seguranças desta Casa, justificando que a
ação desses servidores se reveste da maior importância, pela tranqüilidade, discrição
e experiência demonstradas por eles no exercício de suas funções, não só no
acompanhamento das Sessões Plenárias, mas, também, nas Reuniões das Comissões
Permanentes e nos mais diversos eventos realizados dentro e fora das dependências
deste Legislativo. A Vereadora Margarete Moraes, referindo-se a denúncias de
envolvimento de políticos em atividades ilegais, afirmou que parte da imprensa
é tendenciosa em relação a integrantes do Partido dos Trabalhadores e elogiou a
postura do Governo Federal no combate à corrupção. Também, chamou a atenção
para a relevância da participação popular no processo de revisão, por este
Legislativo, do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre.
O Vereador Ervino Besson discorreu acerca da morte do menino Pedro Miguel
Moreira, ontem, após ser atacado por um cão que pertencia à família da vítima,
manifestando sua solidariedade em relação às pessoas atingidas por esse acidente.
Em relação ao assunto, sublinhou a necessidade de que proprietários de determinadas
raças de cães tomem as devidas medidas de segurança, no sentido de serem
prevenidos ataques às pessoas. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Bernardino
Vendruscolo registrou que participará, em Representação Externa deste
Legislativo, do trecho da 15ª Cavalgada Farroupilha, entre Dom Pedrito e
Livramento, frisando que essa viagem será realizada sem custos para esta Casa.
Além disso, desaprovou o enfoque dado pela imprensa à política brasileira, argumentando
que pessoas que trabalham com seriedade não são devidamente distinguidas
daquelas que não o fazem. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª
Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 028/06, discutido pelos
Vereadores José Ismael Heinen e Márcio Bins Ely, os Projetos de Lei do Legislativo
nos 178 e 175/07, este discutido pelo Vereador Mario Fraga, os
Projetos de Resolução nos 072 e 075/07, este discutido pela
Vereadora Sofia Cavedon e pelo Vereador Márcio Bins Ely; em 2ª Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 260/06, 153 e 171/07, os Projetos
de Resolução nos 071 e 074/07, este discutido pelo Vereador Claudio
Sebenelo; em 3ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/07,
discutido pelos Vereadores José Ismael Heinen e Márcio Bins Ely, os Projetos de
Resolução nos 069/07, discutido pelo Vereador José Ismael Heinen, e
073/07, discutido pelo Vereador Mario Fraga. Na ocasião, em face de Questão de
Ordem formulada pelo Vereador Claudio Sebenelo, a Senhora Presidenta destacou a
importância de que os Senhores Vereadores ativessem o teor de seus
pronunciamentos aos Projetos constantes no período de Pauta, tendo se manifestado
a respeito a Vereadora Sofia Cavedon e os Vereadores Luiz Braz e Guilherme
Barbosa. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Alceu Brasinha mostrou-se
contrário a propostas de restrição no horário de comercialização de bebidas
alcoólicas, alegando que essa medida seria prejudicial a bares e restaurantes
de Porto Alegre. Nesse sentido, chamou a atenção para o número de pessoas que
trabalham nesse setor e sustentou que este Legislativo deveria propor meios de
incentivar e fortalecer as pequenas empresas. O Vereador Adeli Sell protestou
contra medidas deliberadas pelo Senhor Beto Moesch, Secretário Municipal do
Meio Ambiente, questionando os motivos de concessão de licença para funcionamento
de um parque de diversões em área adjacente ao terreno desta Casa. Ainda, reprovou
decisão da Secretaria Estadual da Educação, no intuito de aumentar o número de
alunos por turma, nas escolas públicas, e rechaçou a postura do Vereador Claudio
Sebenelo neste Legislativo. A Vereadora Maristela Maffei debateu os problemas
apresentados pelo serviço público de atendimento médico à população, alegando
que as medidas para melhorar o Sistema Único de Saúde dependem de pressão
política e mobilização social para serem implementadas. Nesse contexto, propugnou
pela destinação de mais recursos financeiros destinados à área da saúde,
justificando que as economias resultantes do aumento do superávit primário
seriam mais bem usadas se aplicadas na área da saúde. O Vereador Luiz Braz
teceu considerações acerca da necessidade de que sejam respeitadas as decisões
da Mesa Diretora desta Casa, relativamente à manutenção da ordem dos trabalhos
durante as divergências que porventura ocorram nas Sessões Plenárias. Sobre o tema,
declarando que o respeito à presidência dos trabalhos é uma obrigação de todos
os Vereadores, referiu-se à imagem negativa que parte da população tem da
classe política como um todo, em razão de escândalos envolvendo parlamentares
em nível federal. A Vereadora Neuza Canabarro contestou a suspensão, pelo
Governo Estadual, das atividades do Núcleo Estadual de Educação de Jovens e
Adultos – NEEJA – da Escola Estadual Paulo Freire. Em relação ao assunto,
apontou as especificidades que devem ser observadas no processo de
alfabetização e ensino de adultos e solicitou que as aulas desse Núcleo sejam
retomadas, pelo menos até o fim do semestre, com o objetivo de que não seja
prejudicado o aprendizado dos alunos matriculados nessa instituição. O Vereador
José Ismael Heinen reportou-se à manchete publicada hoje no jornal Correio do
Povo, na qual é denunciado o desrespeito às faixas de segurança para pedestres
nas vias públicas e os problemas que isso acarreta. Ainda, discursou sobre a
possibilidade de cassação do Senador Renan Calheiros, justificando a
necessidade dessa decisão, em razão dos indícios que pesam contra ele e como
fator de grande significância para o resgate da ética e da credibilidade na
classe política brasileira. A seguir, constatada a existência de quórum, foi
iniciada a ORDEM DO DIA. Às dezesseis horas e cinqüenta e sete minutos, os
trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e
um minuto, constatada a existência de quórum. Em Discussão Geral, 1ª Sessão,
esteve o Projeto de Resolução nº 042/07, discutido pelos Vereadores Adeli Sell,
Elói Guimarães, Sebastião Melo, Carlos Comassetto, Sofia Cavedon, João Antonio
Dib e Marcelo Danéris. Na oportunidade, o Vereador João Antonio Dib manifestou-se
acerca da falta de assinaturas na Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Resolução
nº 042/07, tendo a Senhora Presidenta determinado a verificação desse fato.
Também, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria da Vereadora Clênia Maranhão,
Líder da Bancada do PPS, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/07
(Processo nº 1780/07). Durante a apreciação do Projeto de Resolução nº 042/07,
o Vereador Aldacir Oliboni cedeu seu tempo de discussão ao Vereador Adeli Sell.
Em continuidade, foi apregoado o Memorando nº 301/07, firmado pela Vereadora
Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual
Sua Excelência informa a Representação Externa das Vereadoras Margarete Moraes
e Maria Luiza, hoje, em reunião com o Senhor Cézar Busatto, Secretário
Municipal de Coordenação Política e Governança Local, na sede do Clube de Mães
do Bairro Cristal, em Porto Alegre. Ainda, o Vereador Alceu Brasinha
manifestou-se acerca do pronunciamento do Vereador Marcelo Danéris, durante a
discussão do Projeto de Resolução nº 042/07. Em Discussão Geral e Votação,
esteve o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/07, o qual deixou de
ser apreciado, em face da inexistência de quórum. Às dezessete horas e cinqüenta
e dois minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada
pelo Vereador Ervino Besson, a Senhora Presidenta declarou encerrados os
trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima
segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelas
Vereadoras Maria Celeste e Maristela Meneghetti e secretariados pelos
Vereadores Alceu Brasinha e João Carlos Nedel. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será
assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Passamos à
(A Verª Maristela
Meneghetti assume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): O Sr. Sady Severo
Martins, Presidente da Igreja Evangélica Pentecostal Deus Conosco, está com a
palavra, para tratar de assunto relativo aos projetos sociais da cidade de
Porto Alegre, pelo tempo regimental de 10 minutos.
O SR. SADY SEVERO
MARTINS: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, profissionais da imprensa, a todos os
presentes uma boa-tarde. Sou Sady Severo Martins, Presidente Titular da Igreja
Pentecostal Deus Conosco, o que nos trouxe aqui, hoje, foi o nosso trabalho
social da ONG Lírio do Campo. Nós transferimos o trabalho social da Igreja
Pentecostal Deus Conosco e fundamos uma ONG, que vai trabalhar em todo o Estado
do Rio Grande do Sul, no Brasil e no mundo, onde for possível trabalhar.
O assunto mais
importante que me traz a esta Casa - e eu estou muito honrado hoje de
participar desta tribuna, deste Parlamento mais culto do Brasil - é fazer saber
aos Srs. Parlamentares do nosso trabalho social. Há muitos trabalhos sociais
que se fazem por aí, mas a nossa preocupação social é com adolescentes de 12 a
25 anos, não deixando que alguém os adote e, sim, trabalhar com as famílias,
porque a instituição família está falida. Pois bem, o nosso trabalho visa a dar
emprego a esse jovem, educando o adolescente para que ele tenha um curso
profissionalizante, um curso técnico e incentivando-o para que ele conclua o Ensino
Médio.
Outro assunto
importante que vemos são tantas coisas que têm acontecido também com o trabalho
na Segurança pública. Nós vimos autoridades discutir sobre a Segurança pública,
mas um meio muito fácil de controlar a violência da sociedade é trabalhar com
as famílias. Não adianta colocarmos um brigadiano em cada esquina; não adiante
colocarmos o Batalhão da Brigada Militar nos campos de futebol, discutir entre
profissionais, diretores de futebol, Presidentes de clubes de futebol, como vão
fazer, como vão pagar. Se nós trabalharmos com as famílias, 20 brigadianos
serão suficientes para dar segurança nos campos de futebol. Por quê? Porque nós
vamos educar os jovens para que eles saibam que estão num campo de futebol,
aplaudindo seu time, não estão ali numa guerra contra seus próprios irmãos, e é
isso que nós queremos! Nós, da ONG Lírios do Campo, conforme o nosso art. 4º,
podemos criar faculdade, curso técnico, um complexo hospitalar no dia de
amanhã.
E a nossa vinda aqui, reiterando, é para que tenhamos
o apoio dos Parlamentares para conseguirmos uma média de cinco a dez empregos
por mês para esse pessoal. Nós também queremos fazer convênios com as grandes
empresas - a Vonpar, a Gerdau e outras - para ver se conseguimos cotas para que
enviemos esses jovens para estágio e trabalho. Só que nós também precisamos de
apoio, porque esse trabalho que estamos fazendo com esses jovens, conseguindo
alimentos para dar a eles, conseguindo alguma coisa para que eles entendam,
para que eles vejam que são pessoas dignas, honrosas de seus direitos como
cidadão brasileiro. Não adianta chegar aqui na tribuna, falar bonito e falar
que vamos fazer um grande País: como vamos fazer um grande País? Essa é a
interrogação. O grande País nós faremos trabalhando com a sociedade, com as
famílias, principalmente com as famílias. Não se alimenta e não se cura a
enfermidade de uma árvore pelas folhas, tem que começar pela raiz, esse é o
trabalho que nós temos.
Tivemos, em 2005, o
apoio do Ver. Ismael, que nos ajudou muito; da Verª Neuza Canabarro, em 2005; e
em 2006 do Ver. Haroldo de Souza; agora, a Verª Maristela Meneghetti tem
assumido 50% desse nosso trabalho. Nós queríamos também solicitar aqui, hoje,
que algum Vereador ofereça o seu gabinete para digitar três currículos e nos dar
cinco cópias para levarmos essas pessoas ao emprego, porque esse pessoal está
acomodado, pois algumas pessoas estão oferecendo comida de graça e levando às
casas, e isso faz com que eles se acomodem. Nós temos que fazer com que eles
trabalhem, tenham dignidade; esse é o meu apelo aos Parlamentares.
O Ver. Ervino Besson
também tem ajudado muito, e nós agradecemos a todos os Vereadores e Vereadoras.
Eu sou meio chato às vezes, eu insisto, peço que me consigam um xerox, digitem
um papel para mim, porque eu trabalho com sete mil famílias carentes ao redor
de Porto Alegre. Então, essa é a nossa prioridade. Este nosso Brasil, é um País
grande, é um gigante da cabeça grande, das pernas de pau e da barriga grande, e
nós teremos que trazer médicos para ele, que somos nós mesmos, os brasileiros.
Vereador, agradecemos
pela oportunidade. Não é só isso que a ONG Lírios do Campo faz, e muitas outras
coisas vai fazer. O nosso tempo é curto para esclarecermos isso aqui. Mas nós
deveremos ter outra oportunidade neste Parlamento para solicitar essa
colaboração, e também da imprensa: do jornal Diário Gaúcho, da RBS como um
todo, do jornal Correio do Povo. Porque, assim, estaremos fazendo um trabalho
como um todo para a sociedade, para seus compatriotas, não importa a religião,
o credo religioso; não sou filiado a Partido político nenhum, e se estivesse
filiado, me desfiliaria, porque o nosso trabalho tem prioridade de ver o bem
estar social da comunidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Obrigada, Sr. Sady.
Convido-o a fazer parte da Mesa.
O Ver. Ervino Besson
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ERVINO BESSON: Srª Presidenta, Verª
Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; Sr. Sady Severo Martins, Presidente da
Igreja Evangélica Pentecostal Deus Conosco, eu quero parabenizá-lo pelo seu
trabalho, Sady. Eu conheço o seu trabalho desde o período da Ceasa. Vossa
Senhoria faz um belo trabalho, um trabalho voltado para o povo mais sofrido, e
eu quero reconhecer isso. Eu acho que, com o pronunciamento de Vossa Senhoria,
a Casa se sentiu gratificada, pois fez um apelo para que as pessoas estendam a
mão para tantas pessoas que necessitam. Portanto, Sady, que Deus ilumine essa
tua caminhada, esse desafio que tu tens pela frente, desafio esse que não é
fácil. Mas eu sempre digo como é bom nós termos pessoas abnegadas como V. Sa.,
que fazem um trabalho muito humano para essas pessoas mais necessitadas.
Parabéns, Sady, e lhe transmito um abraço em nome no PDT, dos Vereadores Mario
Fraga, Neuza Canabarro, Nereu D’Avila, Ver. Márcio Bins Ely e deste Vereador.
Siga com essa tua
caminhada. Que Deus sempre te acompanhe, que Deus acompanhe os teus passos no
teu dia-a-dia, e que Deus acompanhe o grupo que está contigo. Parabéns pelo teu
trabalho.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Ervino Besson.
O Ver. José Ismael
Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma Srª Presidente, Verª Maristela Meneghetti, eu quero cumprimentar o Sr.
Sady Severo Martins, Presidente da Igreja Evangélica Pentecostal Deus Conosco.
Sr. Sady, eu conheço, sou testemunha do seu trabalho, e quero felicitá-lo, uma
vez que a sua Igreja se preocupa com o emprego, com a auto-estima do ser
humano, principalmente com o primeiro emprego. O nosso País atravessa uma crise
muito grande nessa área, tanto é que, lançado o Programa do Primeiro Emprego
pelo atual Governo, com muita pompa, com muito dinheiro, ele faliu, não existe
mais. Não sei se vão trocar de nome, se vão fazer outro Projeto. Vamos
imaginar, em relação a esses 56 mil empregos que o Governo quer contratar,
neste ano, até 2008, se fosse pega essa verba dos 56 mil empregos para formar esses
jovens de 15 a 25 anos em cursos técnicos, em emprego de ponta: a cada ano nós
estaríamos colocando 56 mil jovens, garantidamente, num mercado de trabalho
digno, em retribuição à sociedade brasileira, pelo investimento. Portanto,
parabéns e pode contar com o nosso apoio.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): O Ver. Aldacir
Oliboni está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ALDACIR
OLIBONI: Nobre Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; saúdo
também o Sr. Sady Severo Martins, Presidente da ONG Lírio do Campo, que tem a
oportunidade de vir à Câmara Municipal de Porto Alegre trazer não só os seus
anseios, mas as aspirações dessa entidade. Eu acredito que os programas de
inclusão social que são trazidos para nós ou para qualquer Governo, seja ele
estadual, federal, estadual ou municipal, são bem-vindos. Não podemos criticar
essas políticas de inclusão. O Governo Lula faz uma excelente política em
relação ao jovem, em relação ao Estado do Rio Grande do Sul, e vai trazer, em
dois anos, 10 escolas técnicas para, exatamente, incluir o jovem na sociedade
com o seu emprego. Queria deixar aqui, em nome da Bancada do Partido dos
Trabalhadores, a sugestão de que V. Exª buscasse também uma relação com o Poder
Público, porque a sua ONG pode transformar-se em uma entidade pública, e V. Exª
poderá fazer convênios com o Poder Público e criar “n” mecanismos para receber
recursos, sejam eles federais, estaduais ou municipais. Então, nesse sentido,
V. Exª tem o apoio da nossa Bancada, no intuito de promover a inclusão social e
dar oportunidade ao jovem. Parabéns pela bela iniciativa.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): O Ver. Luiz Braz está
com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. LUIZ BRAZ: Falo em meu nome e também em nome
do meu companheiro, Ver. Claudio Sebenelo. Eu quero cumprimentar o Sr. Sady
Severo Martins, que é Presidente da Igreja Evangélica Pentecostal Deus Conosco,
e dizer que gostei muito de ouvir V. Sª dizer que nós devemos parar de dar
alimentos, simplesmente, sem exigir que haja uma contrapartida, um trabalho,
alguma coisa que realmente possa ser realizada. Nós, aqui na Câmara Municipal,
aprovamos um Projeto, que é de minha autoria, que se transformou em Lei, que é
a Frente de Trabalho Voluntária, que fornece ranchos para as pessoas que façam
trabalhos dentro de suas próprias comunidades. Infelizmente, até agora o
Projeto ainda não foi implementado, mas tenho certeza absoluta de que vai ser
uma modificação com relação a esse atendimento que deve ser feito às famílias
carentes dentro da sua própria comunidade para que elas possam realizar esse
serviço. Os senhores, que são religiosos e fazem esta jornada a fim de melhorar
a comunidade, sempre merecem o nosso respeito e os cumprimentos da sociedade.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): O Ver. Dr. Raul está
com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DR. RAUL: Exma. Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Exmo Sr. Sady Severo Martins, Presidente da Igreja Evangélica Pentecostal
Deus Conosco, nós, da Bancada do PMDB: Vers. Haroldo de Souza, Sebastião Melo,
Bernardino Vendruscolo e este Vereador, nos solidarizamos com o seu trabalho, e
dizemos que a responsabilidade social de todos nós é muito grande. Nós, como
Vereadores; vocês, com a sua fé, através da fé tentando salvar crianças das
drogas, enfim, fazendo com que a sociedade seja melhor. Nós não podemos nos
furtar de estar totalmente à disposição, aqui, na Casa, para que a gente possa
proceder aos encaminhamentos necessários para que o seu trabalho cada vez fique
maior e mais abrangente e para que essas famílias, que têm todo esse
envolvimento, sejam atendidas com dignidade, com fé e com carinho, por toda a
sociedade.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): O Ver. Nilo Santos
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. NILO SANTOS: Exma Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Sr. Sady Severo Martins, gostaria de
parabenizá-lo, também, pelo trabalho, e dizer que sou vinculado à Igreja do
Evangelho Quadrangular; sei da luta e da dificuldade para uma igreja
protestante fazer um trabalho social sério nesta Cidade. É sempre muito
difícil. Fiquei feliz demais em saber que nós temos Parlamentares nesta Casa
que têm apoiado V. Sa. e apoiado esse Projeto, e quero, em nome da Bancada do
Partido Trabalhista Brasileiro, Vers. Alceu Brasinha, Elói Guimarães, Dr.
Goulart, Verª Maria Luiza e este Vereador, colocar à disposição os nossos
gabinetes, e dizer que o senhor pode contar com o nosso apoio para este
Projeto. Eu creio exatamente no que o senhor acredita e vem praticando: que o
trabalho preventivo é muito mais barato e muito mais eficaz do que o trabalho
curativo. Depois que a meninada já está andando pelas ruas, é muito mais
difícil resgatá-los à família, resgatar o bem-estar dentro da comunidade.
Parabéns pelo trabalho! Espero que Deus lhe conceda força, sabedoria e
discernimento para que esse trabalho seja ampliado e, assim, possa ultrapassar
as barreiras da Igreja Evangélica Pentecostal Deus Conosco, e atingir todas as
entidades que trabalham nesta Capital. Parabéns! Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): O pastor Sady Severo
Martins está com a palavra para concluir o seu pronunciamento.
O SR. SADY SEVERO
MARTINS: A gente já falou aqui dos Vereadores e Vereadoras
que têm colaborado conosco, e queremos dizer que nós vamos vencer. Se nós
lutarmos juntos, vamos vencer! Muitas coisas nos dão tristeza, nos dão
angústia: quando vemos tantos jovens derrotados, e quando outros, que vão nos
dar alegria, somem do nosso Brasil. Há pouco tempo o Internacional vendeu um
jogador - uma criança, “recém saída das fraldas” - para o estrangeiro. Por que
ele vendeu? Porque, no Brasil, decerto, não achou ainda o recurso necessário
para a sobrevivência profissional do jogador, e também para que ele pudesse, em
pouco tempo, atingir aquilo que queria. Então, nós vamos criar um departamento
de esportes e estamos contando com a colaboração de todos. No departamento de
esportes nós vamos contar com a colaboração dos Parlamentares. Eu fico muito
triste quando vejo essa situação do jovem, mas eu tenho certeza de que este
Parlamento vai nos dar apoio. Agradeço a todos pela oportunidade que tive e
pela colaboração. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Muito obrigada pela
sua presença aqui. Parabéns pelo grandioso e nobre trabalho! Esta Casa está
sempre à sua disposição.
Estão suspensos os
trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os
trabalhos às 14h25min.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti – às 14h26min): Recebemos a
visita orientada da Escola Estadual de Ensino Fundamental Pepita de Leão. São
19 alunos da 7ª série, coordenados pelo Prof. Gilberto Komhan. Esta atividade
faz parte do projeto de educação política que o Memorial da Câmara desenvolve
junto às escolas de Porto Alegre.
A Verª Maria Celeste,
está com a palavra, em Tempo de Presidente, para o lançamento do livro
“Logradouros públicos em Porto Alegre: presença feminina na denominação”.
A SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidenta, minha Vice-Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, alunos da Escola Pepita de Leão, é com muita
satisfação os recebemos nesta tarde; companheiras de trabalho, dos gabinetes
dos nossos Deputados, funcionários da Casa, senhoras e senhores, assumimos o
ano de 2007 com a tarefa de presidir esta Casa, e com muita responsabilidade,
nos 234 anos de Câmara Municipal, Ver. João Antonio Dib, que comemoramos
exatamente no dia de hoje, no dia 6 de setembro, achamos importante demarcar
com duas iniciativas concretas a Mesa Diretora desta Casa. A primeira delas é o
lançamento do portal Transparência, que fizemos hoje pela manhã, às 10h30min,
nesta Casa, colocando à disposição da população de Porto Alegre as contas
públicas desta Casa, da Câmara Municipal de Porto Alegre, e também as contas
dos gabinetes dos Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, mostrando que esta Casa
mantém o pioneirismo de várias ações, há muito tempo, Ver. Luiz Braz, sendo
desenvolvido pelas gestões e pelas Presidências desta Casa.
Nós temos um
compromisso com a cidade de Porto Alegre, uma responsabilidade, como
representantes do povo desta Casa, portanto, lançar o Portal Transparência,
hoje, coloca-nos numa condição de responsabilidade com a Cidade, com o cidadão
de Porto Alegre. E essa responsabilidade não foi demarcada, porque tentaram nos
envolver em algum escândalo, como aconteceu no mês passado. Isso já estava
dentro do planejamento e do programa de atuação desta Mesa para este ano.
Iniciamos o ano de 2007 com a responsabilidade de fazer uma gestão transparente
e o mais correta possível, uma administração mais correta possível, Ver. Todeschini,
para a cidade de Porto Alegre.
E a segunda questão
marcante que queríamos deixar, Ver. João Antonio Dib, por ser uma Mesa
Diretora, pela primeira vez na história dos 234 anos desta Casa, que contém
seis Vereadores, sendo 50% mulheres, queríamos então demarcar o nosso olhar
feminino e feminista, neste dia de aniversário da Câmara Municipal. Para tanto,
Ver. João Antonio Dib, solicitamos, no início do ano, ao setor do Memorial
desta Casa, que realizasse uma pesquisa que desse conta de uma das maiores críticas
que esta Casa recebe, ou seja, dizem que esta Casa apenas serve para dar nomes
a ruas. Essa é a crítica da imprensa. E nós sabemos o quanto é importante o
nome de uma rua para a vida da população que mora naquela rua, que não recebe
correspondência, que não recebe as suas contas. É importante a denominação dos
logradouros, sim. Por isso, resolvemos demarcar esta gestão com uma pesquisa
séria, e hoje somos brindados com este livro, Ver. Haroldo de Souza:
“Logradouros públicos em Porto Alegre: presença feminina na denominação”. Uma
pesquisa muito séria realizada e organizada pela Rosa Ângela Fontes, nossa
funcionária que trabalha há 20 anos nesta Casa, que fez um trabalho belíssimo
que está aqui contemplado na denominação dos nomes das mulheres guerreiras e
anônimas da nossa Cidade. Uma pesquisa que traz nomes como Elis Regina, Luciana
de Abreu, mas que também traz nomes como da Dona Hilma Klein Cardoso, uma
senhora de uma Associação de Moradores, reconhecida pela sua comunidade na Zona
Norte e, portanto, era necessário que se prestasse uma homenagem, que se
colocasse o seu nome na história da cidade de Porto Alegre.
Parece muito simples
estar aqui demarcando com um livro e com denominações de mulheres, mas não é
tão simples assim. Isso é o reconhecimento desta Casa, que marca a história de
Porto Alegre com todas as mulheres anônimas ou não, que nas suas dores, nas
suas emoções, nas suas alegrias, construíram a Cidade onde hoje estamos, aqui,
com a responsabilidade de legislar.
Portanto, é este
trabalho que nós queremos agora entregar para todos os Vereadores e também para
a Escola Estadual de Ensino Fundamental Pepita de Leão, que está aqui. Eu peço
ao Jorge Barcellos, Coordenador do nosso Memorial, que faça a entrega ao
Professor Gilberto, em nome da Câmara Municipal - uma pesquisa nossa, trabalho
daqui, do nosso Memorial.
E declaramos já
lançado este belo trabalho: “Logradouros públicos em Porto Alegre: presença
feminina na denominação”. Quero também fazer uma homenagem à Rosa Ângela, e
gostaria que ela chegasse aqui perto, no Plenário - ela que foi a organizadora,
junto com o nosso estagiário - para receber das mãos da nossa Vice-Presidenta
uma lembrança pelo trabalho. Rosa Ângela, muito obrigada. (Palmas.)
(Procede-se à entrega
das flores.)
A SRA. MARIA CELESTE:
Muito obrigada Rosa; com certeza, o teu trabalho, a
tua organização ficarão marcados na história desta Câmara de Vereadores.
Porque, como eu dizia, na dor e na alegria de cada uma dessas mulheres que
estão nessa denominação se constrói a história da cidade de Porto Alegre. Muito
obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Apregôo o Memorando nº 295 do Gabinete da Presidência, que
informa que o Ver. Bernardino Vendruscolo estará representando esta Câmara Municipal
na 15ª Cavalgada Farroupilha, de Dom Pedrito até Santana do Livramento, do dia
06 de setembro até 09 de setembro de 2007. Informa, ainda, que não haverá ônus
para a Casa.
Apregôo o Memorando nº 296 do Gabinete da Presidência, que informa que o Ver. João Carlos Nedel estará representando esta Câmara Municipal na abertura da XI Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul, no dia 12 de setembro de 2007, em Bento Gonçalves. Informa, ainda, que não haverá ônus para Casa.
Ambos os memorandos
são assinados pela Presidente, Verª Maria Celeste.
O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, leio o texto do Professor Mário Gardelin
(Lê.): “Bendigo os desfiles de que participamos, no 7 de setembro, pelas ruas
da minha cidade, Caxias do Sul. Eram dias de sol cintilante. Em perfeitas
fileiras, a passo firme, passávamos pela praça, disciplinados e convictos.
Éramos partícipes. E a imagem dos colégios com suas bandas sonoras, quedaram-se
em minhas lembranças, fonte de inspiração e estímulo. A multidão que nos
aplaudia era de gente como nós, pois lá estavam nossos pais, irmãos e amigos.
Nas horas de angústia, volto aos meus 7 de setembro. Suas canções e rataplãs
infundem-me nova alma, na busca de novas metas!”.
Caxias não é minha
cidade, pois eu não nasci lá, nasci em Vacaria, mas passei a minha infância e
adolescência em Caxias, onde fiz o ginásio e, no 7 de setembro, eu realmente
desfilava com o Ginásio do Carmo, e era uma glória para nós, estudantes,
comemorarmos a Semana da Pátria no dia máximo. Nós tínhamos o desfile da
mocidade no dia 2, e, no dia 7 de setembro, nós desfilávamos pelas ruas da
cidade e, em frente à pira da Pátria, se encerrava o nosso desfile.
E neste ano a Câmara
esqueceu e não fez - alguma coisa ocorreu - homenagem à Semana da Pátria e eu
vou tentar lembrar alguma coisa e, para isso, eu vou usar Rui Barbosa e
Monteiro Lobato. Independência nunca é dada a um povo, ela tem de ser
conquistada, e uma vez conquistada tem que ser defendida todos os dias, e a
melhor defesa é o trabalho continuado de todos aqueles que a conquistaram. A
conquista de independência nos leva a constituir a Pátria, e nós conquistamos a
nossa independência há 185 anos, em 7 de setembro de 1822, quando D. Pedro
gritou: “Independência ou morte!” Naquele histórico momento nascia a Pátria
brasileira. E agora, sim, quero socorrer-me de Rui Barbosa e Monteiro Lobato
para definir pátria e patriota. Diz Rui Barbosa: "A pátria é a família amplificada. E a
família, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a
disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício. É uma harmonia
instintiva de vontades, uma desestudada permuta de abnegações, um tecido
vivente de almas entrelaçadas. Multiplicai a célula, e tendes o organismo.
Multiplicai a família, e tereis a pátria. Sempre o mesmo plasma, a mesma
substancia nervosa, a mesma circulação sanguínea. A pátria são todos e cada um;
e cada qual tem no seu seio o mesmo direito à idéia, à palavra, à associação. A
pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de
governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos
filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da
liberdade”. E Monteiro Lobato assim define patriotismo: “Patriotismo! Como anda
esta palavra desviada do verdadeiro sentido! Patriota só o é quem cumpre o seu
dever, e trabalha, e produz riqueza material ou mental, e funciona como a
silenciosa madrépora na construção econômica e ética do seu país. A esta hora
milhões de verdadeiros patriotas lá estão no eito, porejantes de suor, na faina
da limpa e do plantio. Febrentos de maleita, exaustos pelo amarelão,
espezinhados pelo ácaro político, lá estão cavando a terra como
podem, desajudados de tudo, sem instrução, sem saúde, sem gozo da mais
elementar justiça. Estão fazendo patriotismo, embora desconheçam a palavra
Pátria”. E é o Rui Barbosa que diz também: “Mas o patriotismo, praticamente,
consiste, sobretudo, no trabalho”. E é o que nós devemos fazer, é o que o
Congresso Nacional deve fazer para que esta Pátria continue sendo grande e
cresça em benefício do seu próprio povo, mas o povo tem de se dedicar a sua
Pátria e o povo é que leva para o Congresso Nacional e para as Câmaras os seus
representantes. Neste dia em que a Câmara completa 234 anos, um dia antes da
Proclamação da República, amanhã, 185 anos, nós, os Vereadores, eu acho que
devemos nos unir, todos, para tentar fazer da nossa Porto Alegre uma Cidade
melhor, e se fizerem todas as cidades melhores, o País também será melhor.
Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Passamos ao
O Ver. Dr. Goulart
está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. DR. GOULART: Minha muito querida, prezada e admirada Presidenta Maristela Meneghetti;
queridas senhoras colegas Vereadoras; meus queridos Vereadores, tem-me cobrado
o Ver. Comassetto por que não falo do affair Saúde neste momento. Com a
responsabilidade que me cabe, só poderei falar se tiver conhecimento profundo
do que está acontecendo; não posso arriscar palpites; não posso acusar ou
defender se não tiver os fatos, e aguardo o Secretário me explicar este
imbróglio todo que está acontecendo no PSF, e aí, coberto de informações,
poderei dizer como penso, eu que tenho pensado tanto a Saúde nesta última
década. Meus queridos, já que não podemos falar deste affair, que tanto
está nos desagradando em nível de comunidade, vamos falar duas coisas boas.
Primeiro, se vocês não conhecem um local, ali na Vila IAPI, chamado Cerepal,
que defendemos aqui, Ver. Dib, porque não lhes chegava o recurso governamental
adequado, há três ou quatro anos; iam cortar os recursos. Quem não conhece? Os
Vereadores Dib, Besson e Fraga dizem que conhecem, também. Convido os senhores
a verem que maravilha de solidariedade humana que é o trabalho prestado por
aquelas meninas - quase sem nome -, aquelas meninas e aqueles homens que ali
trabalham cuidando das pessoas que a natureza resolveu diferenciar para menos;
não para menos no carinho que lhes devemos, não para menos no amor que lhes
devemos, não para menos na responsabilidade que nós todos temos com aquelas
pessoas ditas de caráter excepcional - portadoras de necessidades especiais e
outras muito especiais. É com amor que aquelas professoras, aquelas monitoras e
a diretora cuidam daquelas pessoas que precisam ter mudadas suas fraldas a todo
instante. Pessoas grandes, não são mais nenéns. Com nenéns estamos acostumados,
até há um glamour, um charme, mudar suas fraldas. Os pais estão mudando, junto,
agora, porque estão ficando mais perto dos trabalhos domésticos - é um glamour.
Agora, mudar fraldas de pessoas de 18, 19, 30 anos, é uma solidariedade humana jamais
vista. A gente percebe que eles tratam muito bem aquelas crianças porque elas,
quando os vêem, riem, querem ir para o colo, chamam para perto de si os seus
monitores, uma vez que ficam um pouco amedrontadas com a chegada de nós outros,
estrangeiros ao seu meio. Trago aqui este elogio para que a Câmara nunca
descuide dos recursos para a Cerepal, nunca podemos descuidar. A Cerepal é um
dos ambientes que temos que ver em primeiro lugar, é um destes ambientes.
Fiquei apaixonado pela luminosidade do ambiente, um ambiente de situação
especial, que não é lúgubre. O expediente que lá existe de cuidado não permite
odores. É limpo. Então, Srs. Vereadores, acho que cada um deve, de vez em
quando, dar uma passadinha ali no IAPI e visitar o Cerepal, comprometer-se com
o Cerepal e ter o Cerepal como uma de suas bandeiras de cuidado. Parabéns
àqueles homens e mulheres incríveis, que cuidam daquelas crianças que precisam
do maior carinho.
O Sr. Aldacir
Oliboni: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Queria, nobre Ver. Dr. Goulart, parabenizá-lo pela manifestação e dizer que,
realmente, hoje, nós temos, no País, de 18% a 20% de pessoas com deficiências,
os chamados PPDs. E são muito poucos aqueles que, ao colocarem um paciente numa
instituição, ainda o visitam, como filho, como familiar. Realmente, esta
Instituição é a exemplo do Lar Santo Antônio dos Excepcionais, das visitas que
nós fizemos. Realmente, é muito emocionante, mas, também, dá-nos o compromisso
de que os órgãos públicos possam ajudar a manter estas entidades, porque lá
estão seres humanos, às vezes, esquecidos ali, sendo necessário que alguém
assuma esta responsabilidade de continuar a cuidar da vida deles. Parabéns pela
manifestação.
O SR. DR. GOULART: Lembrou muito bem o Ver. Aldacir Oliboni, o Lar Santo Antônio dos
Excepcionais, que é bem parecido, é quase igual. E eu quero agradecer às suas
belas palavras, Vereador, mostrando que a gente pode se irmanar no cuidado das
pessoas que esperam de nós um cuidado.
O Sr. Mario Fraga: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Dr. Goulart, eu
queria-me solidarizar com a sua iniciativa em falar sobre o Cerepal, uma
entidade fantástica e que presta um trabalho excelente para a Cidade. Eu,
quando Delegado Regional de Saúde do Estado, tive a oportunidade de lá estar,
entregando em torno de 60 cadeiras de rodas, naquele Programa de cadeira de
rodas do Estado. E vi a alegria daquelas pessoas, uma coisa fantástica!
Inclusive, marcou-me muito um casal de pessoas portadoras de deficiências, dois
namorados em que cada um ganhou a sua cadeira de rodas. Foi uma cerimônia de
muita emoção, de muita alegria, e, realmente, a gente não pode descuidar de
maneira nenhuma do Cerepal.
O Sr. João Antonio
Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Nobre Ver. Dr. Humberto, eu quero dizer que conheço o Cerepal desde os seus
primórdios, ali na Rua Santo Antônio. E a Prefeitura, no passado, ajudou muito
o Cerepal, e eu espero que a Prefeitura continue dando esta cobertura, porque
houve um pequeno lapso de tempo, aí, em que passaram muitas dificuldades e a
Prefeitura não contribuiu, não ajudou e até colocou alguns obstáculos. Mas eu
acho que agora tudo esteja resolvido, e, realmente, eles merecem toda a nossa
atenção.
O SR. DR. GOULART: Que bom, Vereador Dib, e eu imagino que a Prefeitura esteja ajudando,
porque senão elas teriam me repassado essa preocupação para eu trazer para V.
Exas. Que bom que o senhor também é preocupado com isso, Vereador e ex-Prefeito
de Porto Alegre.
O Sr. Guilherme
Barbosa: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Ver. Goulart, obrigado. Venho acrescentar a minha voz ao trabalho que
é realizado lá. No meu período, quando na direção da SMOV, nós contribuímos em
algumas possibilidades de acesso, ali, através de pavimentação. Eu que não sou
da área, por ser engenheiro, ao circular por dentro da entidade, fiquei ao
mesmo tempo chocado pelas necessidades das pessoas que estão lá, mas muito
impacto positivamente pelos que trabalham lá, pois é um trabalho acima do
aspecto profissional; é um trabalho acima da questão da relação de emprego, é
se dar realmente, é colocar a sua vida na recuperação dessas pessoas. Muito
obrigado.
O SR. DR. GOULART: Muito obrigado pelas suas belas palavras, Vereador. E é importante a
manifestação de cada um dos meus colegas, porque nós temos que observar
justamente essa palavra que o Ver. Guilherme Barbosa disse, é além do
profissionalismo, é além, porque a gente, às vezes, trabalha na profissão, e
trabalha bem, porque a gente gosta da profissão, mas ali também não é só gostar
da profissão, é gostar de gente, é entender a função que aqueles que conseguem
falar, ver, locomover-se, manipular coisas, têm com o seu semelhante, que não
pode fazer isso. Então, é muito mais do que profissional. E aqui quero desejar,
do fundo do meu coração, uma vida longa para aquela gente, que trabalha no
Cerepal. E me disse a Presidenta que o Cerepal existe há 43 anos. E para vocês,
queridos Vereadores, tão atentos sempre, e tão sensíveis, não precisam ser
médicos para entenderem este problema da paixão e da solidariedade humana.
Parabéns, às instrutoras, às professoras, à diretora, e a vocês queridos
Vereadores que se irmanaram nesta homenagem. Não é dia de aniversário da
Cerepal, não é dia de comemoração nenhuma, é o dia da comemoração de todos os
dias da solidariedade humana. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Dr.
Goulart.
O Ver. Dr. Raul está
com a palavra em Grande Expediente.
O SR. DR. RAUL: Minha saudação a nossa Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Srs.
Vereadores; aqueles que nos assistem aqui e pela TVCâmara, não posso deixar de
saudar, neste momento, os meus amigos e colegas do Petrópole Tênis Clube, que
estão aqui hoje em função de um convite que lhes fiz dizendo que iria falar no
Grande Expediente sobre essa grande entidade da nossa Cidade. Temos aqui o
atual Presidente, Basílio Tarragô; seu irmão Napoleão Tarragô; Marcos Cândido,
que é nosso vice-presidente de tênis; o Dimas, que é o nosso professor de
tênis; são 21 anos de luta, ensinando tênis para as crianças; e o gerente, João
Camargo.
Optei por falar hoje
sobre os 66 anos do Petrópole Tênis Clube, que é uma entidade a qual eu tenho
me dedicado, e também onde tenho meus momentos de lazer há 20 anos. Então,
temos nossos momentos de lazer e temos que dedicá-los a alguma coisa. Eu
resolvi dedicar-me à prática de esporte, em especial ao tênis, e não me
arrependo.
O Petrópole é uma
entidade que tem prestado para a cidade de Porto Alegre, na área esportiva,
inúmeras ações propositivas. É uma sociedade civil que foi fundada numa data
muito patriótica: 7 de setembro de 1941, e amanhã fará 66 anos. Reconhecido de
utilidade pública pelo Decreto 773, de 14 de outubro de 1949, do Estado do Rio
Grande do Sul, tem por finalidade desenvolver a prática da educação física, do
desporto amador e promover reuniões de caráter social, cultural, cívico,
recreativo e desportivo. A prática desportiva do Clube atende a uma formação
humana e de comprometimento com o comportamento social e cívico, bem como
pessoal.
Amanhã estaremos de
aniversário. Eu digo estamos, porque o Petrópole, como faz parte da minha vida
- eu considero o pátio da minha casa há mais de 20 anos -, é como se fosse um
ente querido que está de aniversário.
Então, ao longo
desses anos, o Petrópole Tênis Clube - e não Petrópolis como muitos chamam,
apesar de o bairro ser Petrópolis -, conseguiu arregimentar uma grande
reputação como clube social da comunidade do bairro Petrópolis, como clube
prestador de serviços na área do tênis, como servidor de espaços, seja como
espaço de treinamento de atletas.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Raul, quero
parabenizá-lo por seu pronunciamento e lhe transmitir em nome da Asuplama,
entidade da qual V. Exª já foi Presidente, e nós, por muitas vezes, usamos
aquela estrutura para fazermos reuniões da Asuplama. Em nome do meu grupo, fica
o nosso abraço a este grande clube que sempre prestou na sua história, e
continuará prestando, um belo trabalho para aquela comunidade, não só daquela
região como de Porto Alegre. Parabéns a V. Exª
O SR. DR. RAUL: Agradeço sua manifestação.
O Sr. João Antonio
Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Dr. Raul, o Petrópole Tênis Clube era e é, por certo, o clube social do
coração do ex-Prefeito Telmo Thompson Flores; reiteradas vezes ele reuniu seu
Secretariado para almoços nas sextas-feiras lá no Petrópole, e também o
primeiro Baile Municipal, na sua administração, foi feito lá.
O SR. DR. RAUL: Nos anos 50, o Petrópole, mais uma vez, escreveu seu nome na história do
esporte, quando juntamente com o Grêmio Náutico Gaúcho, com a Associação Cristã
de Moços, com o Americano, Flóridas, Piratas, Nacional, Sogipa e Grêmio
Esportivo Sulbanco, fundou, em 1956, a Federação Gaúcha de Futebol de Salão.
Na década de 60, o
Petrópole Tênis Clube realizou diversos intercâmbios, os quais são realizados
até hoje, com clubes do Uruguai, no âmbito do tênis, visando à troca de
experiências e o aprimoramento dos seus atletas. Primeiramente foi com o
Departamento do Tênis Clube do Nacional, de Montevidéu, e, posteriormente, com
o Cantegril Clube de Punta del Este, ambos do Uruguai; e o Ginásio Esgrima de
Buenos Aires, da Argentina.
Ainda na década de
60, foi no Petrópole a primeira vez a se ouvir relatos a respeito do uso do
“duas peças”, como era chamado o biquíni, na época, no Estado. A pioneira foi a
alemã Astrid que, por volta de 1964, podia ser vista desfilando a novidade no
perímetro da piscina do Petrópole Tênis Clube.
Na década de 70, o
Petrópole foi sede de mais uma edição da Copa Davis, afirmando mais uma vez a
importância do clube na prática do tênis no Brasil. Cite-se ainda títulos
estaduais conquistados pelo basquete - até hoje lá no Petrópole se reúne a
Associação de Veteranos de Porto Alegre. Lá está o Fett, o Puga e tantos outros
dedicados ao basquete até hoje.
O Petrópole também
possuía uma grande equipe de aqualoucos, formada integralmente por associados
do clube e que participavam, em nome dele, de demonstrações, de espetáculos, e
competições, tendo inclusive conquistado vários títulos. A piscina do Petrópole
sediou o Pólo Aquático da Universíade. Se não me engano, isso foi em 1963. O
Clube Petrópole também abrigou a realização do Baile Municipal, como bem citou
o Ver. João Antonio Dib. Ficou na história e na saudade dos carnavalescos, os
que tiveram a oportunidade de conhecer o Baile das Panteras, o famoso e
tradicional baile de carnaval que era realizado nas dependências do Petrópole.
Também foi no Petrópole que se realizou o 1º Gre-Nal de Tênis, com a
participação de famosos tenistas: Thomaz Koch e Édson Mandarino.
O Sr. Mario Fraga: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Dr. Raul
Fraga, queria dar-lhe os parabéns por esta homenagem que está sendo feita ao
Clube Petrópole, e dizer, como eu digo sempre nesta Casa, que sempre quando se
faz alguma coisa, começamos a nos lembrar. E quando V. Exª falou do Baile das
Panteras, eu me lembro que, quando eu era o presidente do Belém Praia Clube, o
nosso bloco carnavalesco passava lá. E outra para o Dr. Raul e para os
diretores do Petrópole: também já fui torcedor do Petrópole, do futebol de
salão, quando o nosso saudoso Flávio França era o treinador do Petrópole Tênis
Clube. Meus parabéns por esta homenagem e vida longa ao Petrópole Tênis Clube!
O SR. DR. RAUL: Obrigado. E realmente a nossa saudade ao Flávio França, com quem tivemos
muitos anos de luta no futebol amador. O Flávio França era um grande
incentivador do nosso futebol amador aqui. Infelizmente, nos deixou, acredito,
há cerca de cinco, seis anos.
Hoje temos, no
Petrópole, uma área de aproximadamente 2,5 hectares, com diversas instalações
destinadas a levar à comunidade as mais diversas opções de atividades na área
do lazer, esporte e serviços. Lá nós temos salão de festas, boate, temos um
espaço múltiplo destinado a crianças, onde temos, diariamente, crianças
desenvolvendo atividades lúdicas, esportivas e culturais; temos o D’Aquino
Cabeleireiros, onde o Aquino, um grande cabeleireiro, que, inclusive, cuida do
meu cabelo, tem essa grande responsabilidade! Além disso, temos um restaurante,
sala de jogos, loja de artigos esportivos...
O Sr. Professor
Garcia: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Dr. Raul, primeiro, quero lhe parabenizar por trazer a esta Casa a
oportunidade de homenagear o Petrópole Tênis Clube. Clube este que, ao longo de
minha vida, freqüentei inúmeras vezes. E, agora, na sua fala, estava também
lembrando que, por ocasião, na época, como estudante de Educação Física, os
acadêmicos da UFRGS, naquela época - isso no início dos anos 70 - nós também
fazíamos algumas aulas de natação lá no Petrópole. Mas sempre foi aquele grande
clube social e desportivo. E sei que, agora, e falando, há poucos minutos, com
o Marcos Cândido, vice-presidente de tênis, sei do trabalho de revitalização, e
o que nós queremos na realidade é ver no Petrópole Tênis Clube aquela pujança
da Zona Leste da Cidade. Parabéns e parabéns ao Petrópole Tênis Clube, por
muitos e muitos anos, como um grande clube social desportivo de nossa Cidade.
Muito obrigado.
O SR. DR. RAUL: Obrigado, Ver. Professor Garcia. O Petrópole Tênis Clube, atualmente,
oferece à comunidade dos associados, e não-associados, também uma escola de
tênis, a partir dos 4 anos de idade, desenvolvendo a formação de atletas. Temos
uma área de piscinas, com 4 piscinas abertas e uma térmica, um campo de futebol
7, quadras de futebol de areia e vôlei de praia, ginásio de esportes, onde
temos musculação, ginástica localizada, jump, power local,
acompanhamento de personal trainer, escolinha de futsal,
patinação, jiu-jitsu, basquete, vôlei, judô, balé clássico, dança do
ventre, dança de salão, dança contemporânea, massagem, reiki,
fisioterapia, sete quadras de tênis, sendo cinco abertas, duas cobertas,
churrasqueiras, campo de futebol 7 soçaite e um playground para
as crianças. Ainda estamos realizando agora, um torneio de tênis para
homenagear os 66 anos, onde pretendemos ter mais de 250 inscritos, entre
duplas, simples, enfim, fazendo com que a motivação de todos pelo tênis e pelos
outros esportes seja sempre renovado.
Então, eu desejo ao
Petrópole Tênis Clube tudo aquilo que desejo a mim mesmo, à minha família, e a
todos nós que aqui estamos: continuar com essa responsabilidade social e
continuar com saúde, como todos nós desejamos. Saúde ao Petrópole Tênis Clube.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Encerrado o Grande
Expediente. Passamos às
A Verª Clênia Maranhão está com a palavra, em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Almerindo Filho.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu queria fazer uma reflexão sobre algumas
atividades ocorridas na nossa Cidade, nalgumas das quais estavam presentes
Vereadores desta Casa, e que eu considero muito importante de nós conhecermos
muito mais detalhadamente. Primeiro, é um tema referente à questão da inclusão
das pessoas portadoras de deficiência e às políticas de inclusão dos idosos do
nosso Município. Isso porque Porto Alegre, ontem, deu um passo extremamente
importante na sua política de inclusão desses dois segmentos. O Prefeito José
Fogaça estava acompanhado do Secretário Senna, titular da Secretaria de
Mobilidade Urbana; do Conselho dos Idosos; do Secretário Tarcízio, titular de
uma Secretaria instituída neste Governo, que é a Secretaria que cuida das
pessoas portadoras de deficiência, portanto, Projeto de Lei aprovado por esta
Casa; da Associação dos Transportadores dos Passageiros e de vários segmentos
da nossa sociedade, estavam todos presentes no ato de entrega dos primeiros
cartões para idosos e pessoas portadoras de deficiência do nosso Município,
cartões eletrônicos que lhes permitem o acesso mais democratizado ao sistema de
transporte urbano da nossa Cidade.
Eu, particularmente,
fiquei muito feliz com esse ato, porque, durante muitos anos, eu reclamava e
cobrava dos Governos anteriores aquela delimitação dos espaços que fazia com
que os idosos, isentos do pagamento de transporte da nossa Cidade ficassem
confinados num pequeno espaço dos nossos ônibus, do nosso transporte coletivo.
Pois, a partir da próxima semana, aproximadamente 80 mil idosos cadastrados no
sistema dos cartões eletrônicos poderão, desbloqueando os seus cartões, acessar
o transporte público de uma forma muito mais democratizada. E também, Ver.
Oliboni, que trabalha com o direito das pessoas portadoras de deficiência, foi
muito emocionante vermos várias pessoas portadoras de deficiência que participavam
daquele ato, daquela conquista, e, logo mais, 25 mil pessoas portadoras de
deficiência do nosso Município já poderão, também, acessar esse sistema. Esses
atos efetivos de inclusão desses segmentos fazem parte da implantação de um
sistema integrado de transporte público na nossa Cidade, e é importante nós
sabermos que a Prefeitura de Porto Alegre, na Gestão do Prefeito José Fogaça,
garantiu a viabilização de 32 milhões de reais para a implantação dessa
política. Eu acho que as Vereadoras e os Vereadores que ainda não visitaram -
na Rua Uruguai, no Centro da Cidade - aquele espaço de atendimento aos
estudantes e aos isentos do transporte coletivo, efetivamente deveriam fazê-lo,
porque é um exemplo de como o Poder Público pode implantar uma política de atendimento
aos seus usuários com absoluta qualidade. É um espaço restaurado, com
acessibilidade, com conforto e com um atendimento extremamente rápido e
eficiente aos usuários daquele sistema. Enfim, acho que Porto Alegre está de
parabéns por esse avanço na sua luta pela garantia da inclusão das pessoas
portadoras de deficiência e também dessa política de respeito aos idosos da
nossa Cidade.
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): O Ver. Mario Fraga
está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Elias Vidal.
O SR. MARIO FRAGA: Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
público que nos assiste pela TVCâmara, quero aproveitar que o Petrópole Tênis
Clube estava na Casa para fazer também essa justa homenagem aos 66 anos do
Petrópole Tênis Clube. Clube no qual já participei de seus bailes, como
Presidente do Belém Praia Clube, e também como torcedor do Petrópole Tênis
Clube, quando nosso saudoso amigo Flávio França era treinador da equipe de
futebol de salão. Para nossa felicidade, Porto Alegre tinha campeonato de
futebol de salão, infelizmente, hoje, não temos mais.
Também, neste
período, quero comunicar a todos da minha alegria, ontem, quando os nobres
Vereadores desta Casa aprovaram um Projeto sobre cooperativismo que estava na
fila de espera há mais de dois anos nesta Casa, que este Vereador vinha
negociando com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, para que fizesse alguns
ajustes. Nós fomos ajustando o Projeto, e, quando ele trancou na Comissão de
Constituição e Justiça, da qual eu faço parte, pedi a ajuda ao Ver. Márcio Bins
Ely, para sanear alguns problemas, algumas arestas, e fizemos o Substitutivo
que foi aprovado ontem nesta Casa. Então estamos satisfeitos, e a Prefeitura
Municipal de Porto Alegre agora terá uma lei para as cooperativas, visto que
nesta Cidade temos diversas cooperativas, Ver. Brasinha, e algumas só de
fachada.
O Sr. Alceu Brasinha:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Mario Fraga, tu tiveste duas alegrias ontem. Uma, à noite, 3 a 1.
(Resultado do jogo Grêmio e Santos.)
O SR. MARIO FRAGA: Uma, à tarde...
O Sr. Alceu Brasinha:
É. Que maravilha, não é, Vereador? Que momento!
O SR. MARIO FRAGA: Não vamos nem falar nos vermelhos (Internacional), vamos respeitar.
O Sr. Alceu Brasinha:
Vamos respeitar a dor deles.
O SR. MARIO FRAGA: Muito obrigado, Ver. Brasinha. Então, nós tivemos duas alegrias mesmo, o
Ver. Brasinha e eu , que me ajudou a aprovar o Projeto das cooperativas ontem.
Estamos muito contentes e agora esperamos que o Prefeito Municipal de Porto
Alegre sancione a nossa lei.
O Sr. Bernardino
Vendruscolo: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Fraga, eu quero cumprimentá-lo pelo Projeto e
não poderia perder a oportunidade de dizer que, aqui em Porto Alegre, as
maiores vítimas das supostas cooperativas sempre foram os condomínios. Então o
seu Projeto vem em boa hora, porque muitas empresas usavam e ainda usam o
sistema de cooperativa como uma fachada.
O SR. MARIO FRAGA: É verdade. V. Exª me lembra que, quando fui Coordenador do Sistema
Nacional de Emprego, em Porto Alegre, no outro Governo, nós tínhamos grandes
problemas com as cooperativas que cuidavam dos condomínios residenciais nesta
Cidade.
Também para a nossa
felicidade, Ver. Brasinha e todos os Vereadores e Vereadoras, hoje, meu amigo
Antônio Bertacco, que conhece a nossa Região - seja bem-vindo à nossa Casa -
está trabalhando hoje na SMIC, na sua área, fazendo um excelente trabalho, e
está aqui presente. E, para nossa satisfação, hoje começa nossa Festa de 131
anos da Padroeira de Belém. Nós começaremos com missas, que serão realizadas à
noite, na quinta, sexta, sábado, e domingo. Hoje, a missa iniciará a partir das
19h30min, na Igreja Nossa Senhora de Belém, ali na praça, do lado da Delegacia,
e, logo após, daremos início a um bingo. Amanhã, dia 7, teremos a Noite Gaúcha,
que terá missa, às 19h30min, um jantar e um baile gaudério. No sábado, haverá a
Procissão Luminosa, que já faz parte do Calendário de Eventos desta Cidade.
Terá início com uma missa, às 19h30m, e, depois, às 20h30min, nós percorreremos
duas quadras de Belém Novo, para mostrar a imagem da nossa Padroeira para Belém
Novo e para a sua comunidade. E, no domingo, para a nossa felicidade, o Prefeito
José Fogaça estará em Belém Novo junto conosco, rezando a Missa dos 131 anos da
nossa Padroeira. Nós também teremos a Alvorada Festiva, com um desfile dos
CTGs, das escolas, desde a Boa Vista até Belém Novo. E, depois, ao meio-dia,
haverá o nosso tradicional almoço, em que comparecem quase mil pessoas. Então,
nós convidamos todos os Vereadores - já fiz alguns convites individuais;
normalmente nós temos sempre a presença de dez a doze Vereadores e de alguns
Deputados. Os Deputados Vieira da Cunha, Mendes Ribeiro, Cassiá Carpes já
confirmaram suas presenças -, então, todos os Vereadores que estiverem
presentes lá em Belém Novo serão bem-vindos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra em Comunicações.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Srª Presidenta,
Vereadoras e Vereadores, amigos que aqui se encontram, pessoas que nos
acompanham pelo canal 16, eu fiz algumas anotações para esse período de
Comunicações. Uma delas diz respeito a uma matéria que saiu no jornal Zero
Hora, de ontem, que fala sobre o 3º Congresso Nacional do Partido dos
Trabalhadores e traz uma entrevista do Presidente Lula, que diz o seguinte
(Lê.): “Lula discursou no sábado em defesa dos ‘companheiros’ acusados de
corrupção entre outros crimes”. Ele diz aqui (Lê.): “Não temos o direito de nos
sentir derrotados” - também acho que não - “e o mais importante: ‘nenhum
petista tem de ter vergonha de defender um companheiro’”. Acho que sim! Como
que não? Como é que vai defender o Zé Dirceu? Como é que vai defender
quadrilheiro? Eu acho que todos aqueles do Partido dos Trabalhadores, que são
homens e mulheres de bem, têm que ter orgulho do Partido dos Trabalhadores,
sim, porque foi uma bandeira que marcou, na América Latina, como oposição, como
imposição aos Governos, como Partido. Agora, sair em defesa de alguns seus
ex-companheiros, ou atuais companheiros, eu acho que o Presidente Lula exagera
e dá impressão para a gente que ele está ficando meio conivente com a situação,
e isso é muito ruim para o País, é muito ruim mesmo. E aí, acompanhando esse
tipo de comportamento do nosso Presidente, encontramos uma novidade, e essa
novidade, Verª Maristela Meneghetti, me soa como negócio político:
Bolsa-Família Adolescente. Veja, Ver. João Antonio Dib, Bolsa Família
Adolescente é a próxima novidade no mercado a ser colocada no Congresso, na
Câmara, para que seja aprovada, sei lá se vai ser decreto, não sei o que vai
ser, mas é a Bolsa Família Adolescente, Dib, que vai atingir jovens de 14 a 16
anos, recebendo um benefício igual ao Bolsa Família! Como esses jovens votam a
partir dos 16 anos, e ela se refere à idade de 14 a 16, todos aqueles que têm
14 anos, no Brasil, que forem atingidos por essa Bolsa Família Adolescente,
estarão na boca para votar em 2010, os que têm 14 anos hoje, e os que têm16,
também.
Então, aí fica
escrito realmente que, quando a quadrilha do José Dirceu se estabeleceu no
País, ela se estabeleceu abrindo tentáculos para ficar, para ficar eternamente
no Poder, e fazendo praticamente aquilo que bem entende. Então, essa Bolsa
Família Adolescente é uma outra jogada a que a gente precisa ficar atento,
embora não resolva ficar atento neste País, porque as coisas acontecem muito
rapidamente. Por exemplo: muito rapidamente a Governadora Yeda cortou um
convênio que ela tinha com a Associação Pão dos Pobres, Ver. Adeli Sell. No Pão
dos Pobres os meninos fabricavam óculos, vendiam esses óculos, mas eles
recebiam um apoio do Governo Estadual para que isso fosse feito, e esse repasse
do Governo foi terminado, foi encerrado pela Governadora Yeda. Desta tribuna eu
só estou pedindo um posicionamento da Governadora, já que todos nós sabemos o
trabalho social que desenvolve a Associação Pão dos Pobres, do nosso querido
Irmão Valério Menegat e da nossa querida Lia Bocaccio. Por que o laboratório
óptico do Pão dos Pobres deixou de funcionar? Qual é a razão de encerrar o
repasse para aquilo que estava sendo feito já há algum tempo pelos meninos que
ali estão internados? Isso é lamentável, eu não consigo entender como é que se
pode... Quando existe alguma coisa que está funcionando em perfeitas condições,
minha querida Vereadora Maristela Maffei, quando a coisa está funcionando ou
está realmente atingindo os seus objetivos, vem a Governadora e deixa de
entregar o repasse para aquilo que vinha bem... Não pode! Governadora, por
gentileza. Vamos ver isso aí, com carinho. E outra coisa: eu acho que, já há
algum tempo, os Deputados estão pirateando coisas da Câmara Municipal de Porto
Alegre. Teria acontecido, parece-me, com os Vereadores Nereu D’Avila,
Bernardino, Ervino, e agora aconteceu comigo. Eu protocolei, no dia 04... E eu
digo a origem das coisas: eu estava assistindo ao Fantástico, domingo, e aí eu
vi aquele negócio de Projeto, não-sei-aonde, da proibição dos telefones
celulares nas salas de aula - protocolei na segunda-feira. Aí o Deputado
Giovani Cherini, que eu não conheço pessoalmente, não sei nem a que Partido
pertence, entrou no dia seguinte com esse Projeto. Para que estadualizar...?
Espera primeiro ser aprovado aqui, e depois o faz estadual...! Senão fica
danado! Vocês quebram a cabeça, vêm mais cedo para pular na frente dos
Vereadores, e tal - todos nós temos esta corrida sadia, para a apresentação dos
Projetos -, e aí o Deputado, simplesmente, “chupa”, pensando que é mais do que
eu?! Vá procurar a sua turma, Deputado Cherini! Qual é a sua? Piratear
Projetos, também?! Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): O Ver. Dr. Goulart
está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. João Carlos
Nedel.
O SR. DR. GOULART: Querida Presidenta dos trabalhos, Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, agradeço ao Ver. Nedel pelo tempo que me
empresta; outro dia ele precisou do tempo, e nós fizemos esta troca. Queria
dizer que o Ver. Brasinha tinha me pedido tempo, porque precisava fazer um
relato, mas eu sempre deixo o Ver. Brasinha falar. Hoje eu é que preciso falar,
em Comunicação, que é quase uma Comunicação de Líder. E aí o Ver. Brasinha vai
me entender. Eu queria falar, exatamente, em nome da musa da nossa Bancada, a
querida Verª Maria Luiza, Ver. Alceu Brasinha, Vereador - nosso decano e nosso
orientador -, Elói Guimarães, e o nosso batalhador, guerreiro e defensor dos
seus pontos de vista, com muita ênfase, Ver. Nilo Santos, e de mim, Líder da
Bancada, com muita honra, Ver. Goulart. Eu acho que é muito importante que os
senhores saibam da segurança que nós sentimos neste plenário com o auxílio
desses homens de fatiota escura que aqui estão para fazer a orientação de
segurança do plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre. Estou me referindo
aos senhores que a gente conhece como “os guardas”, que desempenham aqui uma
função tipo CC, indicada por algumas Bancadas. Nos últimos anos a ordem foi
absolutamente mantida, mesmo quando havia agitação enorme nas galerias, sem “os
guardas da Câmara” terem usado de um pouquinho de violência sequer. A
psicologia desses homens, a experiência desses homens, o trabalho que já
desempenharam... Saibam V. Exas que os “guardas” que controlam o plenário deverão ter exercido função
anterior na Brigada ou na Polícia; de lá eles nos trouxeram uma grande
experiência, sem necessidade alguma de usar qualquer processo de contenção mais
violento; portanto, sem usar armas, esses homens conseguem manter a ordem.
A nossa Bancada quer
se solidarizar com os nossos “guardas” e dizer para eles que reconhecemos -
Nilo, Luiza, Brasinha, Elói e o Vereador que lhes fala - a importância desses
“guardas da Câmara Municipal”.
Por que, neste
momento, se agudiza a necessidade de falar? Porque, recentemente,os “guardas”
fizeram o cuidado das Reuniões do Plano Diretor. Quando a Casa precisou se
deslocar para os bairros - a Verª Neuza presidiu algumas Audiências; a Verª
Maristela Meneghetti, a Verª Maria Celeste e outros Vereadores -, quem é que
estava lá? Os quatro “anjos da guarda”, os quatro “guardas da Câmara
Municipal”! Então, eu achei que, pela importância que esses homens - que
trabalham de maneira anônima - desempenham, era necessário que a gente fizesse
um momento só para eles, sem grandes solenidades, porque grande não é o
aparecimento deles durante o seu trabalho; eles trabalham de maneira quieta,
calada, mas extremamente eficiente. Saibam os senhores que, quando eu era
Presidente, houve um assalto feito por dois motoqueiros que daqui desviaram os
vales-transporte da Câmara, e os nossos “guardas”, junto com a polícia da nossa
Cidade, esclareceram e prenderam os ladrões que aqui estavam, mostrando aí,
também junto com a polícia da nossa Cidade, um ato de bravura. E não fizeram
alarde. Este é o momento de dizer: muito obrigado, senhores “guardas”. Muito
obrigado pela delicadeza com que tratam os Vereadores; muito obrigado por nos
protegerem e serem os nossos “anjos da guarda”, porque estamos com as costas
completamente viradas para as galerias, a um metro das pessoas que pretenderem
nos tocar, que pretenderem chegar perto de nós. São esses homens que vestem a
roupa escura, sempre quietos, sempre cuidadosos, principalmente no entrevero
entre Vereadores, que estão aí para nos cuidar. Srs. “guardas”, em nome desta
Bancada, da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, digo para os senhores:
este é um momento de saudá-los; muito obrigado pelo trabalho que nos fazem, e
aqui mando um abraço especial para meu irmão querido, o “guarda” Joãozinho, que
cuida de todos e me dá um carinho de maneira especial. Muito obrigado, senhores
e senhoras.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Parabéns, Ver. Dr.
Goulart, pela nobre e bela lembrança, uma homenagem merecida.
A Verª Margarete Moraes está com a palavra em
Comunicações.
A SRA. MARGARETE
MORAES: Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; hoje eu
ouvi mais uma vez o pronunciamento do Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, em
cadeia nacional de rádio pela manhã, e ele repetiu o que falou na sua
entrevista. Ele disse que ninguém tem o direito, Ver. Sebenelo, de condenar sem
esperar o resultado do julgamento; ninguém foi julgado, apenas um Procurador da
República, nomeado pelo Presidente Lula, e dois acataram a denúncia. Isso
demonstra quão republicano é este Governo. Se fossem outros tempos, qualquer um
que fosse indicado pelo Collor, por tantos outros, não teria essa postura
republicana. O Presidente Lula disse que ninguém pode generalizar, como a
mídia, a grande mídia faz com relação ao Partido dos Trabalhadores. Sempre que
aparece um dos denunciados, aparece ao lado: “Partido dos Trabalhadores”.
Quando aparecem denunciados de outro Partido, só aparece o nome, ninguém sabe
qual é o Partido. É para tentar generalizar e incutir na população que todo o
Partido dos Trabalhadores errou, por exemplo, quando aparece o nome de cinco
integrantes do PP - Partido Progressista, não aparece o nome do Partido, só os
nomes; quando aparece o nome do Roberto Jefferson, ou do Macalão, aqui no Rio
Grande do Sul, envolvido nas fraudes da Assembléia Legislativa, não aparece o
nome do Partido, o PTB. E nós, do Partido dos Trabalhadores, não achamos que
todos do PTB sejam corruptos, achamos que a maioria não é, e se alguém errou,
como erraram dentro do PT, devem pagar, mas vamos esperar o julgamento. É a
primeira vez que falo isso, e essa é a posição do Presidente Lula e é a posição
de todo o Partido dos Trabalhadores, nós temos muito orgulho da história do
nosso Partido. Quem errou, vai pagar no momento certo.
Mas eu queria falar,
hoje, que o Prefeito José Fogaça entregou a proposta do Plano Diretor, nesta
Casa, na terça-feira passada, e os Vereadores e as Vereadoras têm outro dever,
têm outra função, que é a de analisar, com muito carinho, com muito cuidado,
esse Plano Diretor, por meio das propostas já enviadas pelo Executivo, que
colheu também, de alguns setores da sociedade, mas devem mesclar, Ver. Todeschini,
Ver. Adeli e Maristela Maffei, combinar com as ouvidas que esta Casa fez nas
oito Regiões da Cidade; esta Casa proporcionou audiências públicas nas oito
Regiões. Os Vereadores que compareceram, cresceram, enriqueceram-se, ficaram
com a sensação de que a população sabe o que quer, sabe o que deseja para Porto
Alegre, e não precisava de uma minuta, de uma proposta de projeto, para ter a
sua opinião. Quem foi à Fapa, naquela sexta-feira, fria e chuvosa, à noite;
quem foi no Descendência Farrapa, de manhã, no sábado imediato, ficou com essa
sensação. Ver. Sebenelo, V. Exª que também foi à Fapa, sabe que as pessoas que
enfrentaram o frio e a chuva vão vir aqui, vão querer acompanhar de perto, e
isso é um dever é um direito dessas pessoas de acompanhar, de perto, o trabalho
dos seus Vereadores, daquelas pessoas que os representam aqui.
O SR. ERVINO BESSON: Estimada Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo
Canal 16 da TVCâmara, eu queria saudar a todos; o meu pronunciamento de hoje é
um daqueles que nenhum dos Srs. Vereadores e Sras Vereadoras gostariam de fazê-lo. Mas eu, Ver. Alceu Brasinha, em algum
momento, tenho que ter coragem de vir aqui, nesta tribuna, e fazer um alerta
para a população de Porto Alegre, e não só de Porto Alegre. Essas pessoas,
infelizmente, pela insegurança que vivemos hoje, muitas famílias têm que se
proteger de cães ferozes, como aconteceu em São Leopoldo, essa tragédia que um rottweiler
matou um menino de dois anos e pouco.
Os médicos são
preparados para salvar vidas - nós temos, entre os Vereadores, três médicos:
Ver. Dr. Raul, Ver. Goulart e Ver. Sebenelo -, mas, em alguns momentos, esses
profissionais também ficam chocados em atender algo como aconteceu em São
Leopoldo. Os médicos que atenderam esse menino, e, casualmente, o Diretor de
Enfermagem é um primo-irmão meu, Luiz Besson, ficaram chocadas ao tentaram
reanimar e salvar a vida desse menino. É cruel! Portanto, as pessoas que nos
assistem pelo Canal 16 da TVCâmara, por favor, leiam essa matéria que está no
jornal O Sul. É chocante!
Agora, vamos parar um
minuto, alguns segundos: uma criança indefesa que está brincando no pátio,
jogando futebol, de repente, é atacada por um cão feroz desses. Olha, é uma
tristeza, é uma coisa que a gente, como já disse, não gostaria nem de falar,
mas tem de se falar. Infelizmente, nós temos, meu caro Ver. Ismael, de falar,
neste momento, e chamar a atenção dessas pessoas para que se protejam dessas
feras e que tenham cuidado, porque, ultimamente, andam acontecendo demais esses
ataques às pessoas idosas e às crianças, e agora mais essa tragédia que
aconteceu em São Leopoldo, no dia de ontem. Que tristeza ouvir aqueles
profissionais que atenderam essa criança. São momentos como esse, meu caro Ver.
João Antonio Dib, que chocam e, sem dúvida nenhuma, esses profissionais sentem
o que é o sofrimento de um familiar, de familiares e não conseguem reanimar a
vítima e, infelizmente, essa criança veio a falecer.
O Sr. José Ismael Heinen:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Agradeço muito, nobre Ver. Ervino Besson, quero parabenizá-lo e ser solidário
nessa manifestação de V. Exª Em menos de um mês, é o segundo caso em São
Leopoldo; no primeiro caso, felizmente, um Cabo do Exército estava passando,
pulou o muro e conseguiu, e ele nos relatou que o cão andava no pátio com a
criança, como uma boneca, na bocarra do cão. Então, é muito oportuno, eu acho
que os proprietários dos cães, nada contra os cães, têm que ter uma responsabilidade
maior, não é porque é da família que vai estar isento, ou seja lá o que for.
Nós já temos muitas vítimas e vamos ter muitas mais se continuar esse descaso
de amor à vida. Parabéns.
O SR. ERVINO BESSON: Muito obrigado, Vereador, agradeço o aparte de V. Exª. Eu quero dizer
que eu também não sou contra os animais, gosto muito, adoro os animais, adoro
cachorros, agora, vamos ter, pelo amor de Deus, pessoal, um pouco mais de
cuidado, essas pessoas que têm esses animais ferozes em sua residência, porque
seguidamente andam acontecendo essas tragédias, e temos como evitar isso. Vamos
ter mais cuidado, para que não aconteça, amanhã ou depois, novamente, uma
tragédia como a que aconteceu com esse menino, uma criança indefesa, sendo
atacada por animal; que sofrimento, que tristeza.
Portanto, em nome da
Casa, se me permitem os demais Vereadores, quero que a família receba os nossos
sentimentos, o nosso sofrimento, porque é duro, sinceramente, eu tenho neto
nessa idade, já tivemos filhos nessa idade, sei que muitos dos Srs. Vereadores
têm netos, têm netas, então vamos pensar alguns segundos, pois pode acontecer
algo parecido com um familiar da gente. É uma tristeza, é uma dor muito forte
que jamais será esquecida, como foi o caso dessa criança que foi atacada e
morta por um cão. Muito obrigado, minha cara Presidenta.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): O Ver. Bernardino
Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. BERNARDINO
VENDRUSCOLO: Verª Maristela Meneghetti, na
presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; publico que nos assiste, venho a esta
tribuna para, primeiro, comunicar que estarei representando a Casa na 15ª
Cavalgada Farroupilha, que já está em andamento, cara Presidenta. Eu devo ir ao
seu encontro nesta madrugada, e prosseguiremos de Dom Pedrito a Livramento; são
141 quilômetros, a cavalo, durante quatro dias, em média serão 35 quilômetros
por dia. Esta cavalgada vai acontecer ora em território brasileiro, ora em território
uruguaio. Para mim é uma honra muito grande ter sido convidado, e esta Casa
ter-me indicado para representá-la. Mas o mais importante - e que deveria ser o
menos importante, mas por incrível que pareça, cara Presidenta dos trabalhos,
para mim o mais importante neste momento é deixar registrado que esta saída não
tem custo para a Casa. Porque nós abrimos os jornais, nós ligamos a televisão,
e só falam em coisa ruim. Das coisas boas a imprensa esqueceu de fazer o devido
destaque.
Eu quero desafiá-los
a pegar, por exemplo, qualquer uma das novelas da TV Globo. Prestem atenção: só
tem sacanagem. É só mostrando o sujeito fazendo uma safadeza para tirar
vantagem, é a tal de Lei de Gérson; está virando a escola da falcatrua, e nós
precisamos ter coragem de enfrentar isso.
Antecedeu-me há pouco
a Verª Margarete Moraes, que reclamava de algo da imprensa. Nós temos que
começar a enfrentar isso, porque não é justo que aqueles que trabalham, aqueles
que merecem respeito não tenham destaque. E não é no sentido de receber o
destaque, mas é mais no sentido de saberem “separar o joio do trigo”.
Nós estamos vivendo
um momento muito delicado, quando as classes profissionais são atacadas como um
todo. É como se não tivesse político sério, é como se não tivesse polícia séria,
é como se nós não tivéssemos advogados sérios. Nós estamos, afinal de contas,
morando num País imenso, há várias classes trabalhadoras, e, claro, nós sempre
tivemos e vamos ter problemas. Agora, o que a imprensa deve fazer é saber
distinguir, não atacar uma classe como um todo, que é o que mais se vê hoje.
Há poucos dias, num
caderno que sai num jornal - e eu não vou citar o jornal - havia uma manchete:
”Câmara de Vereadores” - uma manchete altamente pejorativa. Já que está dizendo
“Câmara de Vereadores”, que diga de que cidade, ao menos. Não! Sai assim:
“Câmara de Vereadores“, e nos atacam de frente!
Acho que precisamos
nos unir e nos defender, porque não é justo pagarmos por aquilo que não
devemos.
Cara Presidenta, devo
retornar na segunda-feira. Rogamos ao Grande Arquiteto que nos proteja, já que
uma cavalgada é uma cavalgada, e eu, que faz tempo que não monto, certamente
vou voltar meio esfolado, mas faço isso com muito orgulho, obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Bernardino. Informo-lhe que a Mesa já havia apregoado o seu Memorando
informando, também, que seria sem ônus para esta Casa. Uma boa sorte na sua
cavalgada.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 5072/06 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 028/06, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que
altera o art. 36 e acrescenta inc. IX no art. 87 da Lei Complementar nº 12, de
7 de janeiro de 1975, e alterações posteriores, que institui posturas para o
Município de Porto Alegre e dá outras providências, incluindo a utilização de
carro de som no rol de anúncios de propaganda.
PROC.
Nº 5605/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 175/07, de autoria do Ver. Mario Fraga, que denomina
Rua Arno Lorenz o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 7056 –
Loteamento Hípica Boulevard. (Este
projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar
será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 5735/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 072/07, de autoria do Ver. Adeli Sell,
que concede o troféu
Honra ao Mérito ao Senhor Antônio Cesa Longo.
PROC.
Nº 5860/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 178/07, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni, que denomina Rua Erocy Bianchi Marchisio o logradouro
não-cadastrado, conhecido como Travessa Dois – Presídio -, localizado no bairro
Coronel Aparício Borges. (Este projeto
com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será
considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 6001/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 075/07, de autoria do Ver. Adeli Sell,
que concede o Prêmio de
Educação Thereza Noronha à Fundação Projeto Pescar.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 5970/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 260/06, de autoria do
Ver. Elias Vidal, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto
Alegre ao Senhor Roberto de Assis Moreira.
PROC.
Nº 4783/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 153/07, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que
denomina Rua Hortênsias do Varejão o logradouro não-cadastrado, conhecido como
Rua Dois – Estrada do Varejão - , localizado no bairro Lami. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 5194/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 171/07, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Eli Goraieb o logradouro público não-cadastrado, conhecido como
Rua 6420, localizado no bairro Ponta Grossa. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas
quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros
da Câmara.)
PROC.
Nº 5704/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 071/07, de autoria do Ver. João Carlos
Nedel, que
concede o troféu Honra ao Mérito à Associação Antônio Vieira – ASAV.
PROC.
Nº 5841/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 074/07, de autoria do Ver. Professor
Garcia, que
concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao Violinista, Compositor e
Cantor Jose Mario Teixeira Barros.
3ª SESSÃO
PROC.
Nº 5346/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 069/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que concede o Prêmio
“Construtor da Paz” ao General-de-Exército Carlos Alberto Pinto Silva, na
categoria pessoa física.
PROC.
Nº 5839/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 073/07, de autoria do Ver. Ervino Besson, que concede o título
honorífico de Líder Comunitária à Irmã Zoleima Maria Perondi.
PROC.
Nº 2652/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 017/07, de autoria do
Ver. Dr. Raul, que cria o Conselho Municipal de Planejamento Familiar –
Complafam -, estabelece suas competências e sua composição e dá outras
providências.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): A Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.
(Pausa.) O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma Srª Presidenta desta
Casa, Verª Maristela Meneghetti; nobres Vereadores aqui presentes, antes de
entrar na Pauta propriamente dita, quero reforçar aqui as palavras do meu
colega Vereador que me antecedeu. Acho que temos que assumir, as Câmaras têm
que assumir, os Vereadores têm que assumir - seja no momento que for, pelo
motivo que for - seus atos e defender aquilo que nós, no momento de posse,
juramos fazer: trabalhar em benefício da coletividade. Portanto, dou os
parabéns ao Ver. Bernardino Vendruscolo.
Temos aqui na Pauta, hoje, diversos Projetos que
denominam ruas, que não são de menor importância: são de alta necessidade para
a nossa Cidade.
Há um Projeto do Ver.
João Bosco Vaz sobre propaganda em carro de som, que eu vejo com uma certa
preocupação. Se os nossos clubes sociais estão sendo fechados por pequenos
volumes de som, que dirá um carro de som andando na cidade de Porto Alegre. Só
são permitidos os caminhões, os motor homes, não é Ver. Alceu Brasinha?
Mas me leva a uma preocupação, não contra a lei desses carros de som, mas
contra a lei em si. Eu acho que a Cidade tem que se adaptar. Os clubes sociais
não podem pagar o ônus de uma lei, enquanto, na outra ponta, nós temos o
carnaval liberado, nós temos o futebol liberado, nós temos os carros de som
liberados.
O Sr. Alceu Brasinha:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Ismael Heinen, em Porto Alegre, parece-me que não tem muitos carros de som
que fazem trabalho de anúncio. Existe sempre alguém que ajuda muito as
entidades, quando é convocado. E, aí, na hora em que tiver que haver uma
manifestação, como é que fica, se o carro de som não vai poder funcionar?
Quando as pessoas precisam para fazer uma passeata religiosa, enfim, aí não
pode fazer?
O SR. JOSÉ ISMAEL
HEINEN: Eu sou a favor que possa, só que essa
regulamentação, nobre Vereador - e eu gostaria de deixar bem claro -, ela tem
que entrar numa consonância com a Lei do Silêncio que nós temos em Porto
Alegre, hoje. Adaptar a Lei do Silêncio aos costumes da Cidade. Nós temos que
parar de procrastinar, de proibir isso, de fechar restaurante. É a isso que eu
quero me referir.
O Sr. Alceu Brasinha:
Eu sou um defensor daquela sua lei. Os clubes estão
literalmente quebrados e a gente precisa resolver e, o quanto antes, colocar o
seu Projeto. V. Exª tem o apoio deste Vereador.
O SR. JOSÉ ISMAEL
HEINEN: Agradeço ao nobre colega pelo aparte.
Nós temos um Projeto
maravilhoso, aqui, também, que é do Conselho Municipal de Planejamento
Familiar, do nosso Ver. Dr. Raul . Temos que desenvolvê-lo, e, de repente, até
aperfeiçoá-lo. Eu estive lendo por alto, e é de suma importância no nosso País,
um mundo terceirizado, o planejamento familiar. Agora, um planejamento familiar
num todo, não só na procriação, mas num todo, o núcleo familiar, a família.
Esta está em crise. Se a família está em crise, com certeza a sociedade, que é
o seu reflexo, também estará em crise, como nós estamos. Violência: falta de
solidariedade, falta de amor à vida.
Eu quero também,
aqui, dar os parabéns à Verª Maria Luiza. Ela propõe ao nosso ex-Comandante
Militar do Sul, que passou dois anos aqui conosco, e foi uma pessoa fidalga, o
Prêmio “Construtor da Paz”. Foi ele quem preparou diversas tropas gaúchas que
estão no Haiti, que aqui estavam sob o comando dele e foram mandadas para lá. É
uma pessoa que sempre esteve aqui presente conosco. Eu acho que é uma homenagem
justa da cidade Porto Alegre a esse Comandante, que dedicou dois anos de sua
vida à nossa Capital.
Então, de resto, são
nomes de ruas, e outros Projetos que também merecem outras considerações. Muito
obrigado pela atenção.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Carlos Comassetto
está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Ervino Besson está
com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Claudio Sebenelo está com
a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CLAUDIO
SEBENELO: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, eu queria fazer um
registro, neste momento da Pauta, em que o Ver. Professor Garcia concede o
prêmio artístico ao violonista, compositor e cantor José Mário Teixeira de
Barros. Nunca vi coisa tão bem-feita como esta de conceder, Ver. Professor
Garcia, um prêmio ao Mário Barros - aqui saiu violinista - que é violonista.
Eu queria fazer um
elogio público, não só ao nosso homenageado, mas também a uma das
descobertas que a gente fez quando a nossa Presidenta escolhe, numa festa, um
maravilhoso grupo de chorinho, e começa a tocar Jacob do Bandolim, Noites
Cariocas, Doce de Coco e Darcy Alves, principalmente que eu elogio o Mário
Barros aqui. A Verª Margarete Moraes é autoridade no assunto. E nós tivemos uma
noite magnífica como nunca houve nesses últimos 12 anos, com uma festa linda da
Câmara, com a presença de quase todos os Vereadores, todo mundo cantando,
alegre, brincando, um bufê magnífico, num local belíssimo, muito bem escolhido.
Raramente nós temos
oportunidades aqui na Casa de um momento desses, não só de confraternização,
mas de bom gosto. E o bom gosto e a escolha de uma noite musical inesquecível,
uma noite gastronômica inesquecível e uma confraternização com os funcionários
da Casa mostram que esse ambiente, esse astral magnífico deve ultrapassar as
suas barreiras, quando nós trazemos para cá as comunidades e os líderes
comunitários. Nós tivemos, neste ano, a presença de tantas pessoas homenageadas,
mas com muita justiça. Dizer que Vereador só homenageia é muito injusto, porque
ninguém recusa uma homenagem. Não conheço um convidado que tenha recusado
homenagem da Câmara. São momentos de extrema importância para a Casa,
especialmente quando na comemoração da Casa, Srª Presidenta, Verª Maristela
Meneghetti, nós vemos o quanto nós ainda temos de nos comunicar com a
população, e principalmente, como Vereadores, usufruir de momentos belíssimos
como os da festa de aniversário da Câmara, organizada com o carinho e a
competência da nossa Presidenta, Verª Maria Celeste.
Por isto, Ver.
Professor Garcia, quando esta Câmara homenageia Mário Barros, ela está
homenageando a música brasileira na sua essência. Eu quero contar a vocês que
há pouco tempo me encontrei com Turíbio dos Santos, um dos vários violonistas
brasileiros que, em contato com Tom Jobim, ficou intrigado com sua pergunta: se
ele conhecia o Estudo nº 4 de Heitor Villa-Lobos. Ele disse que já conhecia e
que já havia gravado. Duas semanas depois ele está em casa, tocando o Estudo nº
4, quando faz uma descoberta maravilhosa: do Estudo nº 4 de Heitor Villa-Lobos
sai uma das obras primas da Música Popular Brasileira, o “Samba de uma nota
só”, de Tom Jobim, e aí vemos que na essência da música brasileira, do
chorinho, de Mário Barros, está esta jóia concentrada e cultivada por todos os
brasileiros que entendem que nós temos uma brasilidade, uma cultura para
exportar, nós temos a mais autêntica Música Popular Brasileira feita por gênios
que passaram por esta terra, foram embora e nos deixaram esses diamantes
lapidados.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): O Ver. Alceu Brasinha
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA:
Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti, venho a
esta tribuna... Ver. Mario Fraga, nós que gostamos do esporte com qualidade, o
senhor que é um esportista de primeira qualidade - não posso falar do Ver.
Elias Vidal, porque ele é colorado -, o Ver. Adeli também gosta do esporte, e
nós temos o privilégio de ter um narrador como Haroldo de Souza na Casa, o que
para nós é importantíssimo. Acompanho o Ver. Mario Fraga há muitos anos, pois
fomos vizinhos no IAPI, e o Vereador sempre participou de eventos ligados ao
esporte. Ontem, foi uma verdadeira festa para nós, Ver. Luiz Braz - V. Exª que
participa dessa família tricolor -, o Ver. Mario Fraga e o Ver. Nilo Santos
também, que é o meu companheiro, que era o dia de ele falar em comunicação de
Líder, mas ele me permitiu vir falar, porque, hoje, eu estaria fazendo alguns
elogios ao meu time, do qual tanto eu gosto; a Verª Margarete Moraes, também,
que é gremistona; o Ver. João Antonio Dib, que é o nosso conselheiro, a nossa
autoridade gremista aqui neste plenário.
Quero dizer que pouca
gente sabe, poucos Vereadores sabem quantos dias o Ver. João Antonio Dib foi
Prefeito da Cidade! Eu garanto que nenhum Vereador aqui sabe, só o Ver. João
Antonio Dib. Foram 999 dias em que o Ver. João Antonio Dib foi Prefeito nesta
Cidade; 23.976 horas que V. Exª foi Prefeito de Porto Alegre! Temos muito
orgulho por termos esse professor aqui junto conosco, ele que foi Prefeito, que
foi Secretário, que foi tudo! Também quero agradecer ao meu Líder, o Ver. Dr.
Goulart, à Verª Maria Luiza, ao Ver. Elói Guimarães. O Ver. Elói Guimarães é um
Vereador de longa data. Por incrível que pareça, em todas as vezes que eu
participo dos aniversários do Ver. Elói, ele nunca quis dizer a idade dele. E
eu, insistentemente, perguntei; mas ele nunca quis me dizer a idade. E eu tenho
muito orgulho de participar junto ao Ver. Elói também.
Pessoal, quero falar
um pouquinho da Lei Seca. Essa Lei Seca não vai pegar, gente! É um absurdo a
Lei Seca! Nós temos de, primeiramente, ver como é que anda o setor do comércio;
porque esse setor está, literalmente, precisando do apoio de nós, políticos. E
nós, que pertencemos a esse ramo de atividade das pequenas empresas...
Eu não posso lhe
fornecer aparte, Ver. Claudio Sebenelo, pois estou em Liderança. Eu sei que o
Ver. Claudio Sebenelo tem a Lei dele, que diz que, a partir das 24 horas, na
sexta-feira e no sábado, seja proibida a venda de álcool. Mas não vai conseguir
fazer essa lei, Vereador; porque esse setor dá muito emprego, é muita gente que
sobrevive desses empregos, eles têm sua família, seus filhos, seus parentes que
necessitam, literalmente, desse emprego. Já proibiram os bingos, que também
geram muitos empregos. Daqui a um pouquinho fecha o bar, fecha a padaria, fecha
tudo, porque tem lei que vem prejudicando o pequeno empresário. E nós temos que
apoiar as decisões do comércio, do pequeno empresário, das pessoas que,
literalmente, precisam desta Casa. Não para prejudicar, mas para facilitar. O
Ver. Adeli sabe do que eu estou falando, é atuante na defesa dos
microempresários. E eu tenho certeza absoluta de que o Ver. Adeli, quando vier
a este Plenário, novamente, quando votarmos um projeto de lei sendo para
beneficiar, ajudar, especialmente o pequeno empresário, estaremos juntos!
Obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): O Ver. Aldacir
Oliboni está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver.
Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, eu quero fazer o registro aqui do prêmio que o
Ver. Adeli está indicando, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, ao
Projeto Pescar, o Prêmio Theresa Noronha. Quero registrar que todos os esforços
da iniciativa privada e governamental, que têm o sentido de construir a
educação para a autonomia, a educação para cidadania, a educação para a
inserção crítica e transformadora, enquanto sujeitos no mundo do trabalho têm o
nosso reconhecimento e têm a nossa aposta. Este é um projeto que tem da
sociedade esse compromisso. E eu refletia, na Bancada, quando discutíamos a
quem dar o Prêmio - não é, Ver. Adeli? -, que nós temos que priorizar, louvar
esses projetos, mas ser muito críticos e muito duros com a responsabilidade do
Estado com a educação pública. E o que nós estamos vivendo neste momento, no
Estado do Rio Grande do Sul, é lamentável, é profundamente indignável. Não
bastasse a redução de recursos humanos que nós vivemos no início do ano, a
completa falta de respeito com as equipes das escolas estaduais, que já não
tinham muita estrutura fora de sala de aula, a Secretária de Educação ainda
entendeu que dava para reduzir mais a orientação e a supervisão nas escolas
estaduais. Depois, propõe o “enturmaço” - “Não, vamos poupar o professor; vamos
juntar turmas!” -, isso no meio do ano letivo, juntou grupos de alunos,
superpovoou as salas de aula, usando o Parecer do Conselho que colocava um limite.
Ora, o que é que acontecerá com os nossos estudantes adolescentes, com turmas
de 50 alunos, Ver. Adeli, no Ensino Médio? O Projeto Pescar, Ver. Sebenelo,
pode fazer o maior esforço...
O SR. CLAUDIO
SEBENELO: Questão de Ordem!
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Eu não entendo como é que pode um Vereador
interromper a fala...
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Só um pouquinho, só
um minuto! Vossa Excelência concede um aparte ao Ver. Sebenelo?
O SR. CLAUDIO
SEBENELO: Não, não! Eu quero uma Questão de Ordem!
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Não, Verª Maristela. Eu solicito que V. Exª corte o
microfone, porque não é regimental.
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Ver. Sebenelo, eu
não posso, ela não lhe concedeu um aparte, eu não posso...
O SR. CLAUDIO
SEBENELO: Mas eu não quero um aparte, eu quero apenas uma
Questão de Ordem.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Presidenta, eu peço que o meu tempo seja
recomposto.
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Sim, o relógio está
parado.
O SR. CLAUDIO
SEBENELO (Questão de Ordem): Eu quero registrar
que a Verª Sofia Cavedon, lamentavelmente, não está dentro do assunto, que é
homenagem ao Projeto Pescar. Ela está criticando a Secretaria de Educação.
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Vereadora, por
favor, eu solicito que V. Exª se atenha à Pauta.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Obrigada, Verª Maristela, eu respeito, mas não
concordo, não entendo que o Vereador, na tribuna, ao elogiar uma entidade, não
possa trazer um contexto, que, exatamente, valoriza a ação da entidade e o
Projeto. E quero acrescentar que o Projeto Pescar trabalha com jovens na
aproximação com o mundo do trabalho, e nós estamos vendo, nestes dias,
exatamente nesta semana, outro escândalo da Secretária Mariza Abreu e do novo
jeito de governar da Governadora Yeda. Simplesmente determinou ao NEEJA, ao
Núcleo de Educação de Adultos ...
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Vereadora Sofia, por
favor, a senhora estava falando em relação ao Projeto de Resolução, de autoria
do Ver. Adeli, que concede um Prêmio...
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Exatamente, para jovens e adultos.
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Vossa Excelência tem
que se ater à Pauta, não à crítica. V. Exª pode usar o tempo de Liderança do
Partido para isso.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Verª Maristela, eu lhe agradeço, tentarei
atendê-la, mas quero-lhe explicar que o Projeto Pescar trabalha com jovens que
vão - é ou não é, Verª Neuza? - receber educação profissional ...
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Mas isso é um Prêmio,
nós não estamos falando...
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Posso falar sobre o tema?
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): O relógio está
trancado, seu tempo está assegurado, só que V. Exª tem que se deter à Pauta,
nós estamos em discussão preliminar de Pauta. Para isso, use a Liderança.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Eu não entendo, Vereadora-Presidenta, que eu tenha
que falar do Prêmio Theresa Noronha,
estou falando do Projeto Pescar e da educação de jovens e adultos. Com licença,
posso concluir o meu pronunciamento?
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Não; desta forma, não. Sinto muito, mas não.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Isso é uma arbitrariedade que eu não aceito. Lamento, mas não aceito.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): V. Exª se atente à Pauta.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Vou concluir...
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Falando da Pauta.
A Srª Neuza Canabarro: V. Exª permite um aparte?
A SRA. SOFIA CAVEDON: Verª Neuza, concedo-lhe o aparte.
A Srª Neuza Canabarro: Eu gostaria de dizer, Verª Sofia, que a senhora tem absoluta razão.
Quando se fala em jovens, tem que falar na problemática, que é responsabilidade
de Porto Alegre.
Verª Maristela Meneghetti, veja bem, esta Casa tem que ter preocupação
com o que está ocorrendo hoje, não é na próxima semana, segunda-feira. Esses
alunos é que estão sendo abandonados, estão perdendo a oportunidade de ter um
atendimento individualizado. Porque eles têm dificuldade...
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Eu não vou permitir isso, Vereadora Neuza. Não
é este o assunto.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Muito obrigada, Verª Neuza...
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O relógio está parado. O que V. Exª deseja,
Ver. Luiz Braz?
O SR. LUIZ BRAZ: Apenas cumprimentar a Mesa, porque a Mesa tem que agir com a firmeza que
V. Exª agiu para que o Plenário realmente possa ter ordem.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Eu farei um questionamento...
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): É aparte, Vereador, ou Questão de Ordem?
O Sr. Guilherme Barbosa: Aparte, Vereadora.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Concedo-lhe o aparte, Ver. Guilherme Barbosa.
O Sr. Guilherme Barbosa: O Projeto Pescar, que nós queremos homenagear, existe, exatamente, para a
educação profissional de jovens. E por que existe o Projeto Pescar? Porque o
ente estatal ...
A SRA. SOFIA CAVEDON: Não dá conta...
O Sr. Guilherme Barbosa: Não dá conta e, neste momento, o Governo Estadual está fechando um curso
que já existia... (Som cortado, conforme determinação da presidência dos
trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Não, Vereador!
(Manifestações no plenário.)
(Manifestações do Ver. Guilherme Barbosa à presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O senhor respeite a Mesa! Respeite, porque eu
tenho respeitado este Plenário, tenho agido com muita dignidade, certo? Não vou
permitir isso; não vou permitir que se ponha a Mesa em situação constrangedora.
Não sou partidária, não admito ser tratada dessa forma! Eu
tenho sido, em todos os momentos, imparcial aqui! Eu não vou permitir ser
desacatada dessa forma! Eu tenho sido imparcial com todos vocês! Não admito!
Não admito! Não fui! Nunca defendi lado nenhum dentro desta Casa! Não senhor,
ela não está se atendo à Pauta! E não é, é um prêmio! É um prêmio! E vocês
estão tentando colocar esta Mesa em situação constrangedora, e eu não vou
permitir isso!
(Manifestação
inaudível do Ver. Guilherme Barbosa à presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Ouço V. Exª, Ver.
Luiz Braz.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, a Sessão Ordinária ou outro tipo de Sessão deste
Plenário só pode transcorrer se todos nós, Vereadores, tivermos absoluto
respeito à Mesa Diretora dos trabalhos. Caso contrário, realmente, nós
estaremos incorrendo em faltas que o nosso Regimento é duro para punir. Então,
eu recomendo a V. Exª que sempre use a Comissão de Ética para poder coibir
esses abusos, porque houve excesso, abuso na relação do Vereador com Vossa
Excelência.
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Muito obrigada pelo
apoio, é um desrespeito com a Mesa, realmente.
Verª Sofia, seu tempo
está assegurado, desde que V. Exª se atente a falar sobre a Pauta.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Vereadora-Presidenta, acho que a divergência que
temos é que a Pauta é sobre um prêmio, o prêmio tem um conteúdo, o conteúdo é
uma ação, que é complementar à ação do Estado, que é ação com jovens
trabalhando educação e inserção no mundo do trabalho. E o Vereador, esta
Vereadora, e o Ver. Guilherme, tentamos fazê-los entender. Acho que nós podemos
divergir, pois esta Casa é uma Casa da divergência política, do discurso
político, e da análise. Não é possível que nós não possamos, Srs. Vereadores
que fizeram apartes no microfone, contextualizar a homenagem ao Projeto Pescar.
Era essa a minha intenção e não a de cercear a Mesa - nem minha e nem do Ver.
Guilherme. Quero terminar dizendo isto: enquanto o Estado Público não assumir
as suas funções plenamente e, pior, para poupar recursos, acaba com um curso
com mil alunos, e nós teremos que continuar homenageando a sociedade civil, que
faz Projetos como o Projeto Pescar. Os jovens não podem ficar abandonados, essa
é uma das idades mais vulneráveis, e nós precisamos fazer um trabalho de
qualidade, consistente, para esses jovens.
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ADELI SELL: Verª Maristela
Meneghetti, mui digna Presidenta em
exercício nesta Sessão; colegas Vereadoras, colegas Vereadores, cidadãs,
cidadãos de Porto Alegre, eu trago a Vossas Excelências, colegas Vereadores, a
apreciação de apenas três fotos que eu vou mostrar para todos aqui. (Mostra
fotos.) Ao lado da Câmara, existe o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho,
conhecido por todos nós como Parque da Harmonia. É um espaço verde, é um espaço
público que o Secretário Beto Moesch, que acha que descobriu a Ecologia na
Cidade - mas quem começou a plantar as primeiras árvores, nas ruas, nas
calçadas, foi Otávio Rocha, por sugestão de Protásio Alves -, diz que planta
muitas árvores. É verdade. Só que ele esquece de dizer que 33% delas morrem. A
uma empresa importante da Cidade, ele mandou que a compensação da 3ª Perimetral
fosse feita num lugar “x”. Como no lugar “x” elas não tinham condições de
crescer, o que fez o Secretário Beto Moesch?! Ingressou com uma ação no
Ministério Público e obrigou a empresa a plantar e pagar novamente pelas
plantas. E, aqui, ele destrói a natureza; ele, que diz que defende. Quem
licenciou, quem pode dar esse espaço para um parque de diversões, quando no
Parque da Redenção tem licitação e se paga? Aqui, no Parque Marinha do Brasil,
tem licitação e se paga! Ele dá um espaço público, em cima da grama, num local
que nem a EPTC deve ter sido consultada - porque senão teria proibido! É um
escândalo o que está acontecendo! Mas o Secretário Beto Moesch acha que ele é
dono da razão e da verdade, mas ele cobra compensações de tudo o que acontece
na Cidade de forma incorreta, não faz por escrito, pede compensação, uma
latinha de tinta para um, uma coisinha para outro, etc. e tal. Não que não
possa, mas faça por escrito e preste contas para a Câmara Municipal. Esta
Câmara Municipal tem oposição, é vigilante, e ainda mais na véspera do 7 de
setembro quando não esquece que este País ainda precisa ter muita luta para ser
independente!
Como disse também o
Ver. Bernardino Vendruscolo há pouco aqui: “Nós não vamos nos dobrar diante de
posições de determinados colunistas de Cidade, de determinados órgãos de
imprensa, que acham que aqui não se trabalha e que escondem o que acontece na
Assembléia Legislativa”. E querem colocar muitas responsabilidades para cima de
nós.
Nós, hoje,
inauguramos o Portal da Transparência, e este plenário é o local para dizer o
que a gente pensa, é isso que diz a Bancada do PT. E nós vamos mais longe! Nós
vamos continuar vigilantes, e principalmente aqueles Secretários que
costumeiramente têm desdém por esta Casa, não dialogam, vão ter sempre da nossa
parte duríssima oposição!
Eu também quero falar
de alguns problemas do Estado que nos atormentam, como, por exemplo, a
enturmação. É um ajuntamento, um amontoado de crianças, e desse jeito não
haverá educação. Eu gostaria de ver o que diria Leonel Brizola, que fez as
brizoletas em tudo que é canto do Rio Grande do Sul; o que não diriam outros
estudiosos da educação em ver a enturmação que está sendo feita hoje no Estado.
Verª Neuza Canabarro, o que diria o Darcy Ribeiro, com algumas coisas que se
fazem hoje, em nome da educação? O que diria Darcy Ribeiro sobre essas
barbaridades? Aquele que construiu a Universidade de Brasília!
Nós vamos mais longe:
nós também não aceitamos que em qualquer momento, quando fala a minha Bancada,
principalmente o Ver. Sebenelo, que é costumeiramente useiro e vezeiro de
aprontar broncas dentro desta Casa, e eu estou em Liderança, Ver. Sebenelo, V.
Exª não merece o nosso respeito, porque o senhor é o campeão de arrumar futrica
dentro desta Casa! E terá, de nossa parte, nenhum respeito, nenhuma
condescendência, e a nossa crítica será duríssima! Use a Liderança do seu
Partido, se o senhor tiver coragem de se defender, porque o senhor é costumeiro
de ser conhecido por todo o mundo, como bronqueiro e o desrespeitador desta
Casa! O senhor terá dura oposição desta Bancada! Não merece o nosso respeito!
(Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. MARISTELA
MAFFEI: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu não quero entrar no mérito do ocorrido,
aqui, anteriormente, Verª Sofia Cavedon, não queria e nem vou entrar no mérito
regimental, porque acho que cada Vereador e Vereadora que sobe aqui são
responsáveis pela sua fala. Acho que o nosso dever - e aí eu quero dar uma
sugestão, primeiro, porque o Canal 16 não tem que estar ouvindo este bate-boca
todo que aconteceu aqui - é nos organizarmos para chamar todas as Lideranças, e
cessar a Sessão, nesta hora, porque nós temos que proteger a Casa.
Principalmente se eu fosse da Mesa, o meu papel seria proteger a Mesa, e não
expô-la mais, quando está havendo diferenças, o que é normal acontecer nesta
Casa. Então, nós temos a obrigação, como Parlamentares, quando houver um
problema - e aqui todo mundo já teve o seu estresse -, de ajudar a amenizar a
crise, e não de aumentá-la, quando atinge a Instituição.
Eu quero falar de
outra questão. É bem verdade, senhoras e senhores, que, na última quinzena, a
greve de médicos, de alguns Estados do Nordeste brasileiro, escancarou um
problema que requer solução urgente: as debilidades do serviço público de
Saúde. Se as greves deram visibilidade à questão, a realidade é que, no
cotidiano, o povo sente na carne e na alma as conseqüências desta precariedade
do Sistema Único de Saúde. Mortes que poderiam ser evitadas; sofrimentos
imensuráveis por que padecem os mais pobres às portas de hospitais sucateados;
filas sem fim para cirurgia, que punem com o óbito a paciência e a falta de
alternativa de milhares de pessoas.
O Ministro Temporão foi à luta e conseguiu
arrecadar, da Fazenda, dois bilhões, que estavam congelados no Orçamento da
União. A contenda para liberar esses recursos demorou duas semanas, tempo
demasiado longo para uma situação de calamidade social. O recurso foi destinado
à Tabela de Consultas do SUS e à compra de remédios, Dr. Goulart. Especialistas
afirmam que o dinheiro liberado apenas atenua a crise, mas nós sabemos que o
programa deste Governo vai continuar acelerado. O SUS, senhoras e senhores, é
uma das grandes conquistas deste povo, e a demanda a ele apresentada é
gigantesca; por isso ele deve ser fortalecido, Ver. Raul, e isso depende de
decisões políticas do Governo Federal e dos demais entes da Federação. Tais
decisões exigem pressão política e mobilização social de todos nós.
O Ministro Temporão
adverte que apenas nove Estados cumprem os 12% de repasse obrigatório para a
Saúde - e nós vivemos isso em relação ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul
-, todavia é preciso apresentar ao Governo Federal um questionamento. O
superávit primário, economia que o Governo faz para pagar os juros e outros
custos da dívida, atingiu neste mês o montante de 106,9 bilhões, o que
corresponde a 4,3% do Produto Interno Bruto, o PIB, valor acima da meta, que é
de 3,8% do PIB. Por que exceder a meta fixada do superávit primário, que já é
elevada? Acaso não sabem o custo social, humano que isso representa, senhoras e
senhores? O SUS precisa ser fortalecido; sua precariedade provoca, a cada dia,
um ônus imensurável à população. O povo e suas organizações e movimentos, bem
como as Câmaras de Vereadores devem desencadear um processo de pressão pelo
direito à vida, pelo direito dos povos a um serviço de Saúde eficiente e de
qualidade. E o Governo precisa lutar para honrar seus compromissos.
Portanto, senhoras e
senhores, a Bancada do PCdoB, em nível nacional, une-se com as organizações
sociais pela defesa do SUS e reforça o questionamento ao Governo Federal em
relação ao superávit, porque estamos no limite máximo, e a população, em
especial aqueles que mais precisam, é que vai arcar com essas conseqüências. Muito
obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Obrigada, Verª
Maristela Maffei.
O Ver. Luiz Braz está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, Ver. Adeli Sell, Líder da Bancada do
PT, contrariamente ao que V. Exª afirmou aqui desta tribuna, posso dizer que
nós, do PSDB, eu e o Ver. Claudio Sebenelo, temos o maior respeito por V. Exª e
pelo trabalho que faz. Acredito, Ver. Adeli, que essa forma de respeito que
devemos ter uns pelos outros é a única maneira de representarmos bem a
sociedade. Nós não estamos fazendo aqui um trabalho individualizado, nós não
devemos fazer um trabalho para que nós próprios tiremos lucro da nossa ação,
mas todo o nosso trabalho deve ser dirigido para que a sociedade possa ganhar.
Eu sei que V. Exª, e os homens e mulheres que compõem o Partido de V. Exª têm
capacidade e competência suficientes para conviverem com todas as outras
Bancadas sem precisar fazer aquilo que V. Exª afirmou da tribuna: não dever
nenhum tipo de respeito a um companheiro. Ver. Brasinha, que é gremista. Nós
sempre devemos respeito ao outro, ao adversário, porque senão não há maneira de
trabalhar, e vamos sempre egoisticamente levar a nossa ação. E nós aqui, homens
e mulheres que representamos a sociedade, não temos direito de sermos egoístas.
Nós temos que diminuir o nosso ego àquilo que a sociedade possa ganhar.
Ver. Guilherme, tenho
admiração por V. Exª, mas a única coisa porque resolvi intervir naquele momento
é que, se nós não preservarmos a Mesa, seja ela dirigida por quem for, pode ser
de qualquer um dos Partidos, se não estivermos em defesa da Mesa, não há como
este Parlamento existir. Se nós não respeitarmos uns os outros e se não
respeitarmos a Mesa que dirige os trabalhos, não há como esta Casa trabalhar.
Nós devemos aqui, Ver. Elói Guimarães, respostas para a sociedade, que se sente
mal representada por todos os Parlamentos que temos no País. Nós temos péssimos
exemplos daquilo que está acontecendo em Brasília e em alguns meios federais
que realmente fazem com que a população fique atemorizada com os seus
representantes. Nós aqui, que somos da esfera menor da política, estamos aqui
no Parlamento Municipal, não temos o direito de pegar esses maus exemplos,
trazê-los para cá e fazer com que a nossa relação seja sempre tempestuosa,
sempre em prol da nossa filosofia e não em prol da filosofia de todos, porque,
afinal de contas, temos que fazer conquistas para que a população possa
sentir-se mais igual, mais representada por cada um de nós. Independente de
sermos socialistas, comunistas, democratas, socialdemocratas. Temos o direito
de vir aqui e criticar quem quer que seja. Quando eu vinha para esta tribuna, a
Verª Sofia afirmava: “Vai defender a sua Governadora!”. Ora, esse é um direito
que me assiste, porque sou do Partido da Governadora. Então ninguém pode me
recriminar por eu vir a esta tribuna, para fazer defesa da Governadora, até
porque acredito que a Governadora está fazendo um ótimo trabalho, só que, é
claro, com todas as dificuldades que ela enfrenta para poder realmente fazer
frente aos problemas que não foram criados por ela, que foram criados, ao longo
da história, mas que ela, eu acredito, está orgulhando a todos nós, gaúchos,
pela fibra que está tendo e pela condução que dá hoje a este Governo.
Eu não gostaria que a
gente pudesse seguir a nossa trajetória, nesta Casa, levando em consideração
aquelas afirmações feitas por um homem a quem considero, que é o Ver. Adeli,
“que nós não devemos considerar um colega, um amigo, devemos não ter respeito
por alguém”. Nós devemos respeito a todos, uns aos outros, e, principalmente,
cada um de nós deve ser defensor da Mesa que nós elegemos. Então qualquer um,
Vereador ou Vereadora, que estiver conduzindo a Mesa, tem que ser respeitado
por todos os Vereadores. E, se alguém se insurgir contra a Mesa, nós temos a
obrigação de defender quem estiver dirigindo os trabalhos. Por isso quero dizer
a esta Casa: (precisamos ter) aquela paz, não a paz dos cemitérios, mas aquela
paz que deve existir entre nós, para que, realmente, possamos discutir os
problemas de Porto Alegre, os problemas da sociedade, que a sociedade se sinta
bem representada por cada um de nós que temos assento aqui, nesta Casa do Povo.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): A Verª Neuza Canabarro está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. NEUZA
CANABARRO: Exma Verª Maria Celeste, Muito Digna Presidenta desta Casa, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público presente, quando me dirigia a esta
tribuna um dos Vereadores disse: ”Ela vai lá lembrar o que se passou pelos
ataques do PT”. Eu diria, Ver. Haroldo de Souza - olhe para mim -, V. Exª
conhece o meu marido? O que V. Exª acha? Nós somos felizes, gente feliz não tem
rancor, não tem ódio na alma. Eu não vivo olhando para trás, eu olho para
frente, para o futuro. Por isso que eu estou aqui sem ódio, sem rancor, mas com
muita convicção em algo que eu tenho bagagem e experiência: Educação.
No dia de hoje, no
jornal Correio do Povo, há um edital que diz, para quem não leu (Lê.): “O
aprendizado de mil alunos ameaçado”. Vejam bem, nós temos o Núcleo Estadual de
Educação de Jovens e Adultos (NEEJA) Paulo Freire, localizado na Zona Norte de
Porto Alegre, que, na segunda-feira, recebeu ordem de, na terça-feira, fechar
as portas. Para quem não conhece Educação, eu diria o seguinte: um adulto
analfabeto, um adulto que interrompeu os estudos, tem uma dificuldade que não
se resolve, Ver. Guilherme, em sala de aula, com ensino convencional; precisa
de um atendimento individual. Isso que o NEEJA oferece.
Nós, lá em 1986,
implantamos o Nenhum Adulto Analfabeto. Por quê? Porque o analfabeto, aquele
que fica quatro, cinco anos em sala de aula, vai ficando traumatizado, ele não
tem condições, porque ele erra, porque o professor está sempre corrigindo, e
ele abandona o curso. Ele precisa ter alguém que veja exatamente qual é a sua
dificuldade, qual é o entrave do seu aprendizado. E, de segunda para terça,
interromper o aprendizado de alunos, de até 80 anos, isso é - perdoem-me - um
crime que está sendo feito na cidade de Porto Alegre! E nós, como Vereadores,
não podemos nos omitir! Isso é tema para vir à tribuna, Ver. João Antonio Dib.
Mil alunos! Podem até fechar, justifiquem e dêem aviso prévio; esperem que
encerre o segundo semestre, o ano letivo; mas de segunda para terça!? Isso é
interdição! O que é? Nós não podemos admitir isso, seja lá de quem for! Podem
mandar, o Executivo sempre disse que tem direito, quando eleito, de usar as
suas estratégias, a sua metodologia, porque o povo vai avaliar, agora não tem o
direito de brincar com alunos que estão estudando.
Por essa razão, eu
venho aqui e digo o seguinte: às vezes, Verª Maria Celeste, nós somos mal
interpretados, porque, quando se fala em uma homenagem, nós estamos
homenageando Fulano, mas, ao mesmo tempo, aquele ali está sendo corrido, e, se
ele está sendo corrido, nós temos que alertar; nós vamos ficar fazendo festa
enquanto a alguém é negado o direito de estudar? E esse direito de estudar é
que nós estamos pedindo que seja revisto. Estamos pedindo a todos os Vereadores
da base do Governo do Estado que se mobilizem e digam para a Secretária: “Pode
até fazer, mas avise e dê outra solução!”. Dê outra solução para que eles,
então, possam encontrar outro caminho; para que nós possamos ir até lá e nos
oferecermos de voluntários, Verª Sofia, para atender esses alunos. Vamos
atender na praça pública! Se eles não querem, nós vamos para lá, vamos atender,
mas não vamos admitir de forma alguma que se falhe.
E eu passei por
muitas dificuldades, mas nunca fugi da raia; enfrentei de peito aberto a todas
as acusações, tenho a consciência tranqüila. E hoje muito Projeto que eu,
naquela época, preguei, está sendo proposto nesta Casa; a Verª Sofia propôs um
em relação à nutrição escolar, quando nós fechamos os bares para que se tivesse
a nutrição escolar adequada. O que nós dissemos? Não fomos entendidos, mas que
bom que hoje estão corrigindo o erro cometido. Então nós estamos aqui para
somar e não para dividir e nem para viver com o fantasma do passado, e que bom
que hoje a professora Sofia e a professora Neuza possam se abraçar! (Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): O Ver. José Ismael Heinen está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma Srª Presidenta desta Casa, Verª Maria Celeste;
nobres colegas Vereadores e Vereadoras, TVCâmara que nos assiste, povo de Porto
Alegre, eu me surpreendi, hoje, ao recolher o jornal, embaixo da porta, com a
capa do jornal Correio do Povo (Mostra a capa do jornal.) Vemos um fato
inusitado, em que o jornalista pegou, com muita propriedade, o que acontece e
vai acontecer muito mais na nossa Cidade se nós não tomarmos providências mais
eficazes quanto à cultura do respeito das faixas de segurança. Vejam os
senhores, aqui, a intolerância do trânsito cada vez pior: qualquer coisa é
motivo para brigas e troca de insultos, e isso foi ontem, às 17 horas, não foi
à uma, duas horas da madrugada, e ninguém estava comprando bebida. O fato
ocorreu na Rua Annes Dias, em frente à Santa Casa. Houve troca de socos,
empurrões, pontapés entre um pedestre e um motobói. De um lado, o pedestre
alegava ter sido desrespeitado ao caminhar por uma faixa de segurança, e o
motobói alegava não ter gostado da reclamação do pedestre. Temos aqui uma
seqüência de cinco fotos que bem revelam o que está acontecendo na nossa
Cidade. Então, os projetos que nós temos sobre faixas de segurança, a cultura,
a educação, isso economiza vidas humanas, isso significa economia para o SUS, e
cada pedestre atropelado, na média, custa 50 mil reais ao Estado brasileiro.
Mas preocupa-me,
também, o que está acontecendo lá no Senado do nosso Brasil. Ontem, em voto
aberto, em voto nominal, 11 votos pela cassação do Sr. Renan Calheiros, contra
04, justificando as suas falcatruas, as suas tramóias. Eu não me surpreenderia,
a estas alturas, que essa votação, por ser secreta, seja invertida; agora,
sentir-me-ia muito triste, como político, como Vereador, porque isso estará,
com certeza, engendrado, obscurecido por outros tipos de negociatas para que o
Sr. Renan Calheiros possa se manter no Poder. E eu quero acreditar, pelo bem da
democracia do nosso País, pela moralidade, pela ética, pela credibilidade das
nossas instituições, que os nossos Senadores serão firmes. Eu vi o nosso
Presidente dizer que o seu Partido ainda é ético, e, se o Partido dele, como
ele quer dizer, ainda é ético, eu tenho a certeza de que ele haverá, juntamente
como alto mandatário do País e como integrante do Partido dos Trabalhadores, de
pedir que, na votação secreta, a proporcionalidade dos 11 votos em aberto
contra 04 seja mantida, e possamos dar uma resposta para a sociedade como o Supremo
Tribunal Federal se recuperou, perante a consciência do povo brasileiro, ao
condenar os 40 quadrilheiros, condenação essa da qual o Congresso se omitiu.
Então, está em jogo,
talvez de uma vez por todas, nós resgatarmos a dignidade das nossas instituições,
pois não haverá de ser um voto secreto que irá inverter a proporcionalidade que
está representada na Comissão de Ética de 11 votos pela cassação contra 04
votos pela manutenção do atual Presidente do Senado. Porque não existe só esse
processo, já há mais dois, e virão muitos e muito outros, se não for tomada uma
decisão de moralização da política brasileira. Se vier a ocorrer de ser cassado
o Presidente do Congresso - pois está mais do que provado que ele,
infelizmente, pecou na vida pública; mas o povo brasileiro, os impostos do povo
brasileiro, a consciência do povo brasileiro é que não podem pagar pelo o que o
Sr. Renan Calheiros aprontou na Presidência do Senado Federal. Muito obrigado,
senhores.
(Não revisado pelo
orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Retornamos à Pauta
O Ver. Adeli Sell
está com a palavra para discutir a Pauta. Ele não está, neste momento. O Ver.
Mario Fraga está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. MARIO FRAGA: Presidenta Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, pretendo não usar os cinco minutos, só vou
fazer uma exposição de motivos aqui no período de Pauta, no qual estou
apresentando um Projeto para fazer uma homenagem. Por isso digo à TVCâmara que,
com referência às nossas homenagens, às vezes pensamos que não são favoráveis
ou não são alguma coisa, mas venho falar sobre isto, Ver. Dr. Raul, porque é
muito importante, às vezes, fazer homenagem. Venho aqui só para dizer que estou
dando o nome de uma rua ao Sr. Arno Lorenz, engenheiro. Faço questão de falar
isto à TVCâmara, principalmente, para dizer por que fazemos as homenagens aqui
nesta Casa. Esse homem trabalhou 40 anos no DAER; é professor, engenheiro,
aeronauta. Eis alguns dos empregos que ele teve na sua vida: trabalhou na
Varig, na Cruzeiro do Sul, foi do CPOR da Aeronáutica, trabalhou em Candiota,
trabalhou no Departamento Aeroviário do Estado - antigo DAE. Às vezes, são
necessárias as homenagens aqui nesta Casa, mesmo que seja em nomes de ruas.
Venho aqui para dizer que esta homenagem que faço ao Dr. Arno Lorenz é justa,
justíssima.
Aqui temos, também,
na Pauta, um Projeto de Resolução, de autoria do Ver. Ervino Besson. Todos nós
conhecemos seu espírito de religiosidade, e ele está fazendo uma homenagem aqui
à líder comunitária Zoleima Maria Perondi, uma Irmã que trabalha há 50 anos na
vida religiosa. Então, é mais justo, Ver. Márcio Bins Ely, que a gente faça
essas homenagens. Aqui na Casa temos que votar essas homenagens como ontem,
Ver. Márcio Bins Ely, votamos o nosso Projeto sobre Cooperativismo, com
Substitutivo de V. Exª com este Vereador, que foi aprovado por unanimidade
nesta Casa. Então, às vezes, nós temos que esclarecer, principalmente a quem
nos assiste pela TVCâmara, que há necessidade dessas homenagens.
O Sr. Márcio Bins
Ely: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Mario Fraga, quero cumprimentar V. Exª, tenho certeza e convicção de que o
Projeto de Lei que foi aprovado ontem nesta Casa, de autoria de V. Exª e,
depois, através de um Substitutivo que firmamos juntos, conseguimos superar os
óbices apontados pela Comissão de Constituição e Justiça. Acredito no
cooperativismo. Sabemos que o companheiro Ministro Carlos Lupi tem um grande
Projeto para o cooperativismo em nível nacional e, portanto, quero registrar,
na Sessão de hoje, o nosso reconhecimento por sua iniciativa. Cumprimentos,
Vereador.
O SR. MARIO FRAGA: Obrigado, Ver. Márcio Bins Ely.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mario Fraga,
primeiramente agradeço a V. Exª pelo aparte, e quero parabenizá-lo pelo seu
pronunciamento, pois V. Exª está pontuando que, de fato, há pessoas que merecem
que esta Câmara preste homenagens, como é o caso da Irmã Zoleima Maria Perondi,
que V. Exª citou há pouco. Eu tive oportunidade, Ver. Mario Fraga, de trabalhar
durante longos anos na Cidade de Deus com essa Irmã. Ela completa 50 anos de
vida religiosa, como V. Exª falou. Acho que ela merece essa homenagem por tudo
o que ela representou no Instituto São Benedito, que V. Exª também conhece,
pois lá ela realiza um belíssimo trabalho com as crianças. Que bom que a gente
possa prestar homenagem a essa Irmã. Sou grato a Vossa Excelência.
O SR. MARIO FRAGA: Obrigado, Vereador, meus parabéns pela justa homenagem.
O Sr. Alceu Brasinha:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Mario Fraga, eu sei do seu trabalho, admiro muito V. Exª e também quero
dar-lhe os meus parabéns pelo seu Projeto aprovado ontem. Quero dizer que o
admiro muito por essa sua luta pela sua comunidade.
O SR. MARIO FRAGA: Muito obrigado, Ver. Brasinha, a recíproca é verdadeira.
O Sr. Carlos
Comassetto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Mario, quero cumprimentá-lo, e, como o senhor está ajudando a organizar a
região, mesmo lá nos novos empreendimentos, eu gostaria de aproveitar este
tempo para dialogar com o senhor, pois, no final de semana, teremos lá na nossa
comunidade, em Belém Novo, a grande atividade que é a Festa N. S.ª de Belém, na
qual V. Exª contribui muito com trabalho.
O SR. MARIO FRAGA: Obrigado, Vereador. Realmente, aproveitando estes últimos segundos, Ver.
Carlos Comassetto, já explanamos, em outro momento, no período de Comunicações,
sobre essas atividades da festa religiosa de Belém, que está completando 131
anos. Muito obrigado, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): O Ver. Márcio Bins Ely está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. MÁRCIO BINS
ELY: Exma Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; cumprimentando V. Exª e a Verª
Neuza, Vice-Presidente, que hoje está fazendo parte da Mesa dos trabalhos,
quero saudar as demais Vereadoras e Vereadores desta Casa, público que nos
assiste nas galerias, pela TVCâmara, senhoras e senhores, venho a esta tribuna,
na tarde de hoje, no período de Pauta, dar a minha contribuição aqui ao debate
de três Projetos importantes que entendo oportunos, e um deles, em especial,
diz muito respeito ao Ver. Brasinha, que, como todos nós sabemos, tem um
caminhão de som. Trata-se de um Projeto que tramita em 1ª Sessão, de autoria do
Ver. João Bosco Vaz, que altera o art. 36 e acrescenta incisos na Lei nº 12, de
75, e alterações posteriores, que inclui a utilização de carro de som no rol de
anúncios de propagandas. Nós sabemos que essa prática de mensagens de som,
veiculadas em carro de som, tem se consolidado e tem gerado um mercado de
trabalho importante na nossa Capital, e as pessoas se utilizam dessa ferramenta
que gera empregos e, em inúmeras ações, em inúmeras atividades, acabam ou se
utilizando para prestigiar alguma pessoa, ou para divulgar algum evento, alguma
atividade. Somo-me a esse Projeto, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, e entendo
oportuno que possamos regulamentar essa atividade profissional.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Márcio Bins
Ely, eu quero dizer para o senhor que, com relação ao meu caminhão, eu não
trabalho com ele fazendo atividades de som; eu faço isso, realmente quando há
alguma passeata de igreja, de alguma entidade, de colégios. Por exemplo, agora
na quinta-feira passada, na Restinga, tinha a Caminhada da Paz, e o meu
caminhão sempre está à disposição dessas entidades filantrópicas que solicitam
o caminhão deste Vereador. Eu sempre participei, com as comunidades, mas sem
custo nenhum.
O SR. MÁRCIO BINS
ELY: Meus cumprimentos, Vereador, agradeço pelo seu
aparte e tenho certeza de que essa regulamentação é importante e oportuna,
porque muitas pessoas têm se utilizado desse instrumento e têm gerado a sua renda,
o seu emprego; inclusive têm gerado outros empregos a partir dessa atividade
profissional.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Márcio, eu
também quero me somar a V. Exª no que se refere ao seu pronunciamento. Eu acho
que é importante esse Projeto do Ver. João Bosco Vaz e quero dizer que o Ver.
Brasinha, de fato, é uma pessoa muito comunitária. Eu sei que muitas entidades
ocupam o caminhão dele para procissões, para fazer diversos eventos, eventos de
entidades filantrópicas. Então, fica aqui esse registro, porque o Ver. Brasinha
é uma pessoa muito comunitária. Fica aqui este reconhecimento pelo relevante
trabalho social que ele presta à nossa comunidade. Parabéns, Ver. Alceu
Brasinha.
O SR. MÁRCIO BINS
ELY: Muito obrigado, Ver. Ervino Besson.
Eu gostaria de fazer
menção aqui, Ver. Adeli Sell, ao Projeto de V. Exª e me somar a essa
iniciativa, apesar da polêmica que gerou a intervenção da nossa querida Verª
Sofia Cavedon. Quero dizer que o Projeto Pescar merece o nosso reconhecimento.
A família Linck, que iniciou a caminhada desse Projeto, que visa justamente a
“não dar o peixe, mas ensinar a pescar”, ou seja, qualificar o jovem, no
sentido de oferecer-lhe uma vaga e uma oportunidade no mercado de trabalho, através
de um curso profissionalizante, um curso de capacitação. Realmente, esse
Projeto é merecedor de um reconhecimento da Casa. É oportuno que nós, através
do troféu Honra ao Mérito, reconheçamos o número de jovens que lá já foram
formados. E, em especial, eu conheço o trabalho desenvolvido na Fiateci, uma
empresa localizada em Porto Alegre, que vem formando e qualificando,
principalmente na área da informática, jovens da Capital.
Por fim, já comentei,
no período de Pauta da Sessão de ontem, o Projeto de Lei de iniciativa do Ver.
Dr. Raul, Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, da qual participo,
que cria o Conselho Municipal de Planejamento Familiar. Nós já debatemos esse
tema, sabemos da sua importância e o que representa termos um órgão auxiliar ao
Poder Executivo. Os Conselhos, Ver. Dr. Raul, podem proporcionar um debate,
alcançar uma crítica, uma proposta, uma atividade, uma interlocução, e fazer
com que, efetivamente, o Poder Executivo tenha uma base de apoio, e tenha
priorização, através da Secretaria da Saúde, a ações voltadas para as questões
que envolvem o planejamento familiar e as suas conseqüências a médio e longo
prazo, que nós sabemos que são muito importantes para a construção e a
organização de uma sociedade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA PRESIDENTA
(Maria Celeste): Havendo quórum, passamos à
Solicito a presença das Lideranças na Mesa para acordo. Estão suspensos
os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 16h57min.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste - às 17h01min): Estão reabertos os
trabalhos da presente Sessão.
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 1877/07 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 042/07,
de autoria da Mesa Diretora, que inclui art. 63-A na Resolução nº 1.178, de 16
de julho de 1992 (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre), e alterações
posteriores, possibilitando, por deliberação da Mesa e das Lideranças, mediante
Resolução de Mesa, a constituição de Comissão Especial para avaliar e discutir
a implementação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA),
bem como para propor-lhe correções e complementações e relatar projetos que
disponham sobre sua alteração. Com Emendas nºs 01 a 04 e Subemenda nº 01 à
Emenda nº 02.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR,
CUTHAB, CECE, CEDECONDH e COSMAM. Relator-Geral Ver. Prof. Garcia: pela
aprovação do Projeto, das Emendas nºs 01, 02 e 03 e da Subemenda nº 01 à Emenda
nº 02; e pela rejeição da Emenda nº 04.
Observações:
- discussão geral nos
termos do art. 126, § 1º, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do
Dia em 06-09-07.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PR
nº 042/07. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PR nº
042/07.
O SR. ADELI SELL: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, cidadãs, cidadãos, este ano de 2007 será,
indiscutivelmente, marcado na história da nossa Cidade. Se um esforço
concentrado for feito, terminaremos, até o final do ano, uma revisão responsável
do Plano Diretor, porque o nosso Plano Diretor - agora iniciamos o debate para
composição da Comissão Especial - poderá ser um elemento alavancador do
progresso e desenvolvimento sustentável, com inclusão social, com preservação
ambiental, com um duro combate à deteriorização do meio ambiente para que a
vida no futuro seja de dignidade e aproveitamento global de todos os elementos
da natureza. Em especial, desse magnífico volume de águas que circunda parte
significativa da nossa Cidade. Esses quilômetros todos de extensão de orla, com
arborização, o que é um processo de construção que começou no final dos anos 20
em Porto Alegre, e não, como alguns querem fazer crer, começado há 2 anos e
meio.
Nós também vamos
discutir, clara e objetivamente, as delimitações de parques e gravar no Plano
Diretor. Eu disse há pouco que os equipamentos que estão aqui ao lado estão
numa área de parque. Pois, se nós olharmos a delimitação, Ver. Nedel, eles
estão, de fato, num terreno público, que todo mundo acha que é espaço de
parque. Portanto, os mapas oriundos do Plano Diretor terão que ser claros e
precisos, mas, mesmo assim, nós vamos dizer o que já diz a Lei Ordinária, ou
seja, o que pode ou não pode ser feito num parque. Eu tenho certeza de que o
que nós vemos aqui, ao lado da Câmara, não poderia haver.
A lei que surgir
deste profícuo debate que faremos deverá ser observada e fiscalizada por esta
Casa, porque esta é a tarefa das Sras. Vereadoras e dos Srs. Vereadores. O
Plano Diretor Urbano e Ambiental não pode ficar restrito à discussão da
Macrozona 1. É claro que isso, no Projeto que nós estamos discutindo agora, não
está demarcado, porque estamos apenas discutindo a Comissão e sua
representação, inclusive a questão das ouvidas das comunidades. Mas eu tenho
certeza de que as comunidades que já foram ouvidas previamente e que agora
serão trazidas para cá - e nós ouviremos com muita atenção essas comunidades -
nos dirão: “Vereadores e Vereadoras, o Delta do Jacuí, que tem Lei Estadual da
APA, tem que estar na revisão do Plano Diretor, gravado enquanto tal, porque
neste, que nós temos agora, ele não está gravado enquanto tal. O Cais Mauá, o
Centro da Cidade, desafio que eu já fiz a vários arquitetos e urbanistas, terão
que ter, da nossa parte, uma política clara de incentivo em, no mínimo, um dos
artigos deste Plano Diretor, porque, para concluir, eu quero dizer, Elói
Guimarães, que o Plano Diretor, Ver. Nereu D’Avila, pode ser a vida, mas também
pode ser a morte de uma Cidade. É isto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): O Ver. Elói Guimarães está com a
palavra para discutir o PR nº 042/07.
O SR. ELÓI GUIMARÃES:
Verª Maria Celeste, Presidenta da Casa; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, a
Casa recebeu das mãos do Sr. Prefeito Municipal o novo Plano Diretor para a
cidade de Porto Alegre. Por que digo novo Plano Diretor? Porque é alterada mais
de 50% da Lei atual que rege o Plano Diretor de Porto Alegre. Nós estamos
iniciando a discussão dessa matéria que - já dito reiteradamente pelos
Vereadores e Vereadoras - representa o instrumento mais importante para uma
cidade, para a sua população, para o presente e para o futuro.
O Plano Diretor é
rigorosamente uma projeção, um projeto que vai repercutir, Ver. João Antonio
Dib, nas gerações futuras. As gerações futuras receberão os parâmetros, enfim,
toda uma fôrma dentro da qual a Cidade vai se desenvolver: seus parâmetros
físicos, a questão ligada à densidade, as edificações, o plano viário, a
questão da dinâmica da Cidade - isso tudo tem a ver com esse Projeto que nós
vamos, aqui na Casa, discutir e, ao final, evidentemente, aprovar.
Então, se fazem
imprescindíveis as alterações e a criação, exatamente, das ferramentas que vão
tratar dessa matéria, através da Comissão Especial que vai tratar da matéria no
sentido de dar curso a esse importante instrumento que vamos colocar à
disposição da nossa população. Eu dizia, numa fala sobre o Plano Diretor, que é
um privilégio nós, Vereadores da atual Legislatura, podermos conceber para o
futuro, para a posteridade, um instrumento dessa significação. Uma cidade é um
organismo vivo, uma cidade é o espaço mais importante que se pode oferecer aos
seus habitantes. É na cidade que há vida: nos seus espaços a vida se produz, se
realiza.
O Sr. Alceu Brasinha:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Elói Guimarães, quero dizer-lhe que fico muito feliz de ver o senhor
debatendo o Plano Diretor, e nós fazemos parte desta Comissão, junto com a Mesa
Diretora e a Presidente, que teve a grandeza de sugerir que saíssemos fora da
Câmara para nós termos oito debates na Cidade - isso foi muito proveitoso.
Agora chegou o Plano Diretor e vamos trabalhar em cima dele.
O SR. ELÓI GUIMARÃES:
Sou grato pelo seu aparte, quando V. Exª registra
exatamente as preocupações da Casa. Por isso foram feitos vários debates em
audiências públicas
Nós, Vereadores,
temos a delegação popular: ninguém tem maior legitimidade para dizer como e em
que condições devem ser feitas as alterações senão a Câmara Municipal de Porto
Alegre, que detém, de forma integral e de forma plural, a representação da
Cidade, pois aqui na Casa estão representados todos os matizes ideológicos. E
toda essa composição plural, democrática vai se expressar evidentemente na
concepção que faremos no novo Plano Diretor para a cidade de Porto Alegre.
Obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Srª Presidente, no presente Projeto de Resolução,
há uma Emenda de nº 02, que é da Mesa. E se a Mesa não a assinou, eu tenho a
impressão de que o Projeto não está correto. Eu não estou colocando nada em
dúvida. Apenas, por uma questão de formalidade, eu acho que a Mesa tem que
assinar.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Certo. Vou
verificar, Vereador. Obrigada pelo alerta.
O Ver. Sebastião Melo
está com a palavra para discutir o PR nº 042/07.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Verª
Maria Celeste; colegas Vereadoras, colegas Vereadores, eu considero, Ver.
Nereu, o Plano Diretor de uma cidade, talvez a legislação mais importante para
regularizar o espaço urbano da cidade. É claro que a cidade tem outros
instrumentos, mas o Plano Diretor é norteador do dia-a-dia e do futuro da
cidade. O Brasil é muito ruim em planejamento. Porto Alegre, dentro desse
cenário nacional, está um pouco à frente. Nós tivemos uma legislação, em 1914,
que não pode ser chamada de Plano Diretor, mas que trouxe uma diretriz básica
na questão da mobilidade; depois, houve outra legislação, em 1949; depois, em
1979; e, depois, em 1999.
A primeira questão
que eu quero colocar é que, às vezes, eu vejo uma confusão generalizada na
Cidade, Ver. Adeli, e demais Vereadores: parece que nós estamos fazendo um novo
Plano Diretor, e isso não é verdade. Eu acho que essa Comissão que vai se
formar tem que dar ciência à população de Porto Alegre de que nós não vamos
fazer um novo Plano Diretor; nós vamos atualizar o Plano Diretor. E, aí, para
atualizar o Plano Diretor, Ver. Dib, eu acho que há um requisito número um: eu
penso que a Secretaria de Planejamento tinha que mandar junto com a revisão do
Plano Diretor quais os instrumentos que foram, ou não, criados, que foram, ou
não, implementados, em 1999 - e, aí, eu me reporto a alguém que não faça parte
da Comissão, mas a alguém que estará debatendo essa matéria. Eu vou começar pela
“burrocratização” da SPM. Se há uma Secretaria que precisa quebrar todas as
paredes, colocar somente vidros e colocar uma linha de montagem, em que o
cidadão chegue para buscar a liberação para construir a casa, o edifício de
dois andares, de cinco andares, de 10 andares. Tem que ter, Ver. Nereu D’Avila,
uma linha de produção onde tenha um protocolo único, que tenha um técnico da
SMAM sentado à direita, um técnico do DMLU na esquerda, tem na frente a
Secretaria da Saúde, e, assim, todos os órgãos que devem ser consultados para
aprovar um projeto. E lá no final nós vamos dizer o seguinte: faltou esse
documento da SMAM. Portanto, volta ali e resolve; não tem que ir para a SMAM e
levar seis meses, três meses, quatro meses. Eu estou dizendo isso, porque no
art. 162 do Plano Diretor estabeleceu-se que deveria informatizar a Secretaria,
disponibilizar on-line com a população e com a Câmara o Plano
Diretor, o que não aconteceu.
Se eu falar também do
Solo Criado, que parece que agora querem enfrentar, que é a criação da empresa
para gerir o fundo, para ter uma política, estabeleceu-se um prazo, se eu não
me engano, de 180 dias.
Então, o que eu quero
dizer é que eu acho que na primeira audiência que o Plano Diretor fizer tem que
chamar a Secretaria para saber o seguinte: “Meus senhores, se nós estamos
atualizando o Plano, qual é a opinião da Secretaria, do Governo, o que está
dando certo e o que não está dando certo?”
Por outro lado, eu
acho reducionismo eu discutir o Plano Diretor, limitando alturas, sacadas e
recuos. Esta Cidade tem demandas muito maiores do que isso nessa área; nós
temos uma Cidade informal que é 70% dela, que tem mais de 700 loteamentos em
áreas públicas ou privadas de forma irregular.
Portanto, ao
atualizar o Plano Diretor, nós precisamos ter um olhar muito especial, o que é
que nós fazer com esse espaço urbano, com pessoas que hoje não tem uma
pracinha? Às vezes são vielas por onde não passam nem carroças, para não dizer
carros pequenos. E nós vamos atualizar o Plano Diretor e vamos, do ponto de vista
do Estatuto da Cidade, estudar apenas o Impacto de Vizinhança, Srs. Vereadores?
Não pode, o Estatuto da Cidade é muito maior do que o Impacto de Vizinhança.
Quando fez a Comissão, ela não foi aprovada, mas eu quero aqui insistir com os
senhores: eu acho que deveria criar uma sub-relatoria, Vereadores e Vereadoras.
Uma sub-relatoria para tratar exclusivamente do Centro da Cidade, acho que
seria perder uma grande oportunidade se essa subcomissão, se essa Comissão, não
criasse uma sub-relatoria para tratar só do Centro da Cidade. Isso é
importante, porque não é só o muro da Mauá, não é só o cais do Porto; é a
mobilidade, é a questão do carro, da calçada para o pedestre, é a segurança da
Cidade, é a transferência da maior rodoviária aberta que eu conheço, é a Av.
Salgado Filho, são os Portais da Cidade, ou qualquer outro instrumento.
Fica aqui uma
sugestão: vocês deveriam criar uma sub-relatoria do Centro da Cidade, porque eu
acho que a Câmara pagaria um grande “mico” não fazendo isso, porque ela revisa
o Plano Diretor, está na Pauta a revitalização do Centro, está na Pauta a
construção do cais do Porto, e a Câmara, simplesmente, nada diz sobre isso.
Então, fica aqui esta sugestão, Srª Presidenta, desta matéria que eu considero,
desta Legislatura, a de maior relevo e a de maior importância para a cidade de
Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): O Ver. Carlos Comassetto está com
a palavra para discutir o PR nº 042/07.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas
Vereadoras e Vereadores; senhoras e senhores, não tenho dúvida de que este é o
Projeto mais importante que veio a esta Casa, neste ano, e, porque não, em toda
esta Legislatura. O Plano Diretor, em importância, vem logo depois da Lei
Orgânica Municipal, que trata de todo o território da Cidade. O nosso Plano
Diretor vai completar sete anos de vida, e é um bom Projeto, e foi estruturado
para ser um Plano estratégico. Portanto, neste momento, nós não estamos fazendo
um novo Plano Diretor para a Cidade, mas uma avaliação do Plano Diretor
existente, para o adequarmos ao novo momento, à ordem jurídica institucional, à
ordem urbanística. A partir disso, teremos que prestar atenção nas propostas
que virão, Ver. Dib, porque o Plano Diretor tem que responder, no mínimo, a
duas grandes questões: resolver os problemas que a Cidade tem, e aqui eu
poderia listar alguns deles: O problema da regularização fundiária. Nós temos
em torno de 750 vilas ou comunidades irregulares que pertencem à “cidade real”,
e nós deveremos incluí-las na política e na “cidade legal”, para que todas
essas comunidades possam desenvolver os seus projetos, captar recursos,
disputar as verbas públicas sem problema de ordem legal, que o Regime
Urbanístico vai determinar nas áreas que já estão ocupadas. Já trago outra
questão aqui fundamental na ordem constitucional: em 1999, quando esta Casa
aprovou o Plano Diretor, não existia o Estatuto da Cidade. O Estatuto da Cidade
passou a existir a partir de junho de 2001 e trouxe alguns mecanismos de ordem
jurídica, novos, e que não estão incluídos no Plano Diretor com o seu
potencial. Eu cito o direito à concessão do Uso Especial do Solo para Fins de
Moradia. Inclusive há um projeto de minha autoria, que está pronto na Ordem do
Dia para ser votado, passou por todas as Comissões com aprovação, que avança
mais do que o Plano Diretor deve ter; ele já aponta para a regularização dessas
comunidades. São em torno de 60 comunidades, Ver. Dr. Goulart, que estão em
cima de áreas públicas municipais há mais de 10, 15, 20, 30 anos. Vão
perguntar: por que elas não eram regularizadas antes? Porque não havia
instrumento de ordem jurídica que permitisse que os Municípios fizessem isso de
uma tacada só; agora tem. Portanto, nós temos que incluir essas comunidades
todas.
Um segundo conceito
que o Estatuto trouxe é o direito de preempção, que significa que o Município
pode determinar, em qualquer área do território de Porto Alegre, seja ela
pública ou privada, o direito de preferência em utilizar aquele solo para os
projetos de caráter institucional. Portanto, nós temos, sim, Verª Neuza e Srª
Presidenta, que dialogar com as entidades, trazer aqui o Conselho Municipal da
Saúde e fazer o debate sobre onde nós devemos reservar áreas para instalar os
pronto-atendimentos e os postos de saúde da Prefeitura, porque na Lei de
Diretrizes Orçamentárias, o Município apresenta que irá construir, Ver. Adeli
Sell, 161 postos de saúde da família. Agora, onde? Nós temos que preservar isso
no território, dizer o território onde poderá ser.
Então, o direito de
preempção determina que o Município tem preferenciabilidade sobre aquele solo e
que o proprietário, se desejar vender ou comprar, antes tem que ter a permissão
do Município. Isso é nós adequarmos o atual Plano Diretor a esses instrumentos
de ordem jurídica, como é o Estatuto da Cidade. Portanto, essa tarefa, que se
iniciou com a apresentação aqui do Projeto nesta semana pelo Executivo
Municipal, tem uma amplitude imensa. Portanto, é uma tarefa que com certeza esta
Câmara irá responder à altura. Nesse sentido, a nossa primeira contribuição
aqui para o debate após a chegada da proposta de revisão do Executivo que foi
na última terça-feira. Muito obrigado, senhores e senhoras.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Apregôo a Emenda de nº 01 ao
Processo nº 1.780/07 - PLCE nº 004/07 (Lê.): “Dispõe sobre criação do Sistema
Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável, que será composto
pela Conferência, pelo Conselho, pelas Microrredes locais de SANS e pela
Coordenadoria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável com
vistas a assegurar o direito humano fundamental à alimentação adequada, e dá
outras providências. Altera as letras ”a”, “b” e “c” do Inciso II do artigo 17,
que passa a ter a seguinte redação: ‘Art. 17, II, a) 10 (dez) representantes do
Fórum Fome Zero de Porto Alegre, sendo 1 (um) representante da população
indígena, 1 (um) representante da população quilombola e 1 (um) representante
dos pescadores; b) 02 (dois) representantes de entidade representativa de
empregadores, com atuação na área de alimentação e nutrição; c) 02 (dois)
representantes de entidade representativa de empregados, com atuação na área de
alimentação e nutrição”. Assina a Emenda a Líder do PPS, Verª Clênia Maranhão.
O Ver. Adeli Sell
está com a palavra para discutir o PR nº 042/07, por cedência de tempo do Ver.
Aldacir Oliboni.
O SR. ADELI SELL: Verª Maria Celeste; colegas Vereadores e Vereadoras, eu disse
anteriormente que, se houver uma responsabilidade de todos nós - e creio que
haverá -, nós entregaremos, ainda no final deste ano, nesta gestão, um Plano
Diretor ousado, que será orgulho para as futuras gerações daqui a dez, vinte,
trinta, cinqüenta anos, e nós teremos garantido sustentabilidade, inclusão
social, respeito à natureza, dignidade para todos, uma profunda reestruturação
da malha habitacional, periférica da Cidade. Hoje, muitas vezes, como nas ilhas
em palafitas, porque ainda não fizemos o dever de casa nesta Cidade, de fazer
com que a Legislação local, Municipal, faça com que a APA seja marcada na
Legislação do Município de Porto Alegre, e agora temos esta oportunidade por
meio do Plano Diretor.
O Ver. Melo disse antes, e concordo plenamente, que
deveríamos dar uma atenção especialíssima às Subcomissões. Como também diria a
Verª Neuza: uma atenção mais do que especial para as entidades representativas
da sociedade civil. Nós precisamos ter aqui, agora, sim, não a fala, não a
reclamação, não o discurso, mas uma proposta clara: artigo tal, emenda
substitutiva, emenda aditiva, e assim por diante, do IAB, do Porto Alegre Vive,
do Sinduscon, da Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura, do Secovi
e Agademi, enfim, das entidades que pensam o futuro de Porto Alegre.
Eu tenho a convicção
de que a UAMPA, as entidades comunitárias, Verª Clênia Maranhão, vão-nos ajudar
a compor uma grande e ousada política de regularização fundiária. Temos a
obrigação de garantir que a pessoa que está na periferia consiga regularizar o
seu terreno, consiga construir, consiga ter um habite-se e, dessa maneira,
poder ter a sua escritura. Hoje, infelizmente, em muitos casos, temos 30 anos
de labuta, de trabalho incessante, e as pessoas não têm sua escritura, e vou
dar o exemplo do bairro Lomba do Pinheiro, lá na Vila Viçosa. Nós temos também
problemas cartoriais, e como vamos poder definir, senão no texto do Plano
Diretor, mas numa indicação de uma legislação posterior, e, quem sabe, num
diálogo com a Assembléia Legislativa do Estado que tem responsabilidade de
legislação sobre os cartórios, para que não tenhamos a burocracia que existe
hoje, que impede, muitas vezes, a legalização de importantes empreendimentos.
Como eu tive o desprazer de tratar, um dia sim e outro também, em um
determinado cartório de Porto Alegre, para poder legalizar o Porto Seco.
Nós temos que,
portanto, verificar até onde pode ir o Plano Diretor nas questões de
regulamentação, de fazer o gravame de Áreas Especiais de Interesse Cultural, de
interesse social; a questão dos corredores de centralidade e, depois, como
legalizar todo esse conjunto de vilas irregulares na cidade de Porto Alegre,
que extrapolam o Plano Diretor, mas que se chocam frontalmente com a burocracia
dos cartórios da cidade de Porto Alegre.
Portanto, esses também são
temas do Plano em si, correlatos e adicionais, que nós não podemos desconhecer,
e temos que aproveitar os próximos dias para um profundo estudo do Plano
Diretor, iniciar os trabalhos da Comissão. E espero que, na semana que vem,
tenhamos concordância entre nós sobre essa Comissão e começarmos os nossos
trabalhos. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
Eu sou da Educação e
tenho uma grande preocupação para que a gente possa fazer um processo muito
claro, Verª Clênia Maranhão, muito transparente das decisões que aqui nós vamos
tomar. Ver. Marcelo Danéris, no último Plano, não pude acompanhar, estava em
outras instâncias. E hoje eu tenho a sensação que a cidade de Porto Alegre,
especialmente a Macrozona 1 vive em susto. Os moradores vivem em susto porque
nunca sabem o que vai acontecer ao lado da sua casa, no seu bairro, perto da
sua rua. Eu não sei o que nós produzimos que foi, na verdade, um processo
longo, participativo, com conferências e, no entanto, nós não garantimos a
segurança, a tranqüilidade, a vontade da cidadania para que ela seja soberana
na cidade de Porto Alegre; não garantimos. Hoje, os moradores vivem em pânico,
as pessoas não sabem se compram casa, porque não sabem se vão ter o seu sol
preservado, a sua qualidade de vida preservada, a sua tranqüilidade em andar na
rua.
E eu quero trazer uma
outra reflexão, Vereadora-Presidente, eu tive o privilégio de ir, em um
fim-de-semana - fazia anos que eu não ia - a Gramado e Canela, e fiquei com
inveja daquelas cidades. Sei que lá há um destino, uma vocação de turismo
assumida pelas duas cidades, mas são cidades que discutiram a sua paisagem,
discutiram as suas identidades, Ver. Brasinha, e todos se comprometeram com
isso! Então, mesmo os edifícios um pouquinho mais altos, eles têm um estilo, o
estilo germânico preservado, todas aquelas cidades são uma graça de andar, as
duas cidades!
Agora, a cidade de
Porto Alegre, gente, Ver. Adeli, Ver. Comassetto, eu não sou da área da
arquitetura, mas eu tenho certeza que os nossos arquitetos, nossos planejadores
não são tão tacanhos como a gente está enxergando na Cidade. Nós não temos mais
beleza, nós não temos identidade, nós não temos uma paisagem pensada para
determinado canto, para determinada região. Tu andas ali em Petrópolis: é uma
casinha, é um espigão, é um blocão, é um... não tem identidade, não tem cara,
nós não estamos pensando a Cidade para ser um lugar onde as pessoas vão visitar
e dizem: “Vamos visitar, porque lá há um bairro tal, com tal característica, lá
há tal etnia preservada, sua cultura...” Não, é uma miscelânea sem identidade,
sem gosto! Se a Verª Margarete estivesse aqui iria dizer que é um problema, nós
estamos perdendo a nossa estética. É uma vergonha, nós somos a Capital deste
Estado e nós não traduzimos, no Plano Diretor, qual é o nosso gosto, qual é a
nossa vocação estética, ou quais os bairros que terão esse jeito, quais os que
terão aquele outro jeito! Não existe, é cada um pela sua cabeça, não há
identidade, nós estamos virados em uma salada de frutas!
E a AMABI, a
Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Independência, que se organizaram
para defender a Rua Gonçalo de Carvalho, um dia sentaram comigo e disseram:
“Olha, Vereadora, nós queremos construir no nosso bairro uma identidade. Que
ali, ao lado da parada de ônibus, tenha um jeito especial que é do bairro
Independência, recuperando as suas raízes, a sua história, os seus monumentos
históricos e aquele perfil, aquele desenho, seu desenho do que é nosso, do que
é público”. Eu acho que isso nós precisamos resgatar nessa discussão do Plano
Diretor. E eu quero registrar que o processo de debate que aconteceu na Cidade
foi um desastre, o processo, que foi coordenado pelo Governo Municipal, passou
longe de fazer esse debate, passou longe de garantir que a população
expressasse a sua indignação, a sua vontade em relação ao seu Plano Diretor; ao
contrário, ficou uma guerra estabelecida com a sociedade civil e com a
construção civil.
Então, encerro
dizendo o seguinte, Ver. Dib, não sei se nós vamos poder recuperar; agora não
dá para nós repetirmos o que aconteceu no período que antecedeu a construção do
Projeto enviado aqui. A nossa Casa já deu exemplo, Verª Celeste, quero
parabenizá-la e a Mesa Diretora, que esta Casa vai ouvir, que esta Casa será
democrática, e eu acho que a Emenda do Fórum que a Mesa encaminhou é
corretíssima, porque é o anseio da sociedade civil, as entidades devem estar
aqui dentro, Ver. Dib, nós não temos o direito, não temos, como Parlamento, de
fazer preponderar a vontade de um em detrimento do direito dos cidadãos à sua
paisagem, à sua vizinhança, à sua Cidade. E esse direito, espero que a gente
garanta, pelo menos isso a gente garanta enquanto representantes do povo, para
honrar o nosso voto e honrar a democracia deste País.
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com
a palavra para discutir o PR nº 042/07.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, meu caro Ver. Alceu Brasinha, vou copiar
Vossa Excelência, a partir de segunda-feira, nós teremos 112 dias até o fim do
ano, 30 sábados e domingos, mais quinze sextas-feiras - que a Câmara não
trabalha -, mais 6 feriados que eu contei aqui, e está todo mundo preocupado em
fazer discussões, discussões e mais discussões. Inclusive vamos criar um Fórum
para entravar o andamento da análise, tudo o que foi feito até agora não valeu,
tudo o que foi analisado, todas as Sessões que a Câmara fez sem ter Projeto
nenhum não valeu, porque, a partir de agora, nós vamos começar tudo de novo.
Não fiz a conta, Ver. Brasinha, o senhor faz sempre a conta ligeiro. Então: 112
menos 30 dá 82, menos 15, dá 67, mais sete feriados, não temos 60 dias até o
fim do ano para discutir a LDO, o Plano Plurianual, o Orçamento e o Plano
Diretor. Alguém errou no caminho, alguém procedeu mal no caminho, e nós ainda
vamos criar um Fórum para nos acompanhar. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): O Ver. Marcelo Danéris está com a
palavra para discutir o PR nº 042/07.
O SR. MARCELO
DANÉRIS: Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos acompanha aqui, público que nos acompanha
pela TVCâmara, estamos debatendo, em primeira Sessão, a constituição de uma
Comissão Especial para tratar da Revisão do Plano Diretor de Porto Alegre.
Temos aqui na
Câmara a responsabilidade de compor um grupo com 12 Vereadores - será esta a
Comissão Especial -, para tratar de um assunto que tem tudo a ver com o futuro
estrutural, ambiental, social e cultural da nossa Cidade. Primeira coisa:
precisamos analisar o Plano Diretor que aqui está. Nesse sentido já tinha
algumas preocupações e, com a apresentação do Plano Diretor, tenho mais ainda,
Ver. Guilherme Barbosa. Primeiro, porque, como disse a Verª Sofia, ele já teve
um processo extremamente débil, com pouca participação popular - se é que teve
-, que teve a intervenção do Ministério Público, para garantir um mínimo de
transparência e direito de representação da população no debate do Plano Diretor.
Ele não respeitou a legislação que exigia Audiência Pública, uma Conferência
Municipal, melhor dizendo, para o Plano Diretor e fez, sim, uma Audiência
Pública; não respeitou a Lei Orgânica, não respeitou a participação popular e
chegou aqui para análise dos Vereadores. Quem é que cumpre esse papel nesse
meio tempo? E alguns jornalistas acham estranho, inclusive, que queira se ouvir
a população. Eu não acho nada estranho. A Câmara Municipal assumiu para si o
papel de ouvir uma população que queria participar, que queria falar e não teve
o direito nesse processo. Pois, as Audiências Públicas da Câmara Municipal de
Porto Alegre garantiram, pelo menos, o mínimo de voz ao povo de Porto Alegre.
Mas, Ver. Dib, temos, aqui, um grave problema, pois o Projeto que chega à
Câmara de Vereadores diz o seguinte: “que revoga o Plano Diretor anterior”.
Revoga o Plano Diretor anterior! E faz o quê? Escreve tudo de novo, Ver. Dib.
Pode ser uma Mensagem Retificadora, quem sabe? Pode ajustar por Emenda de
Vereador, quem sabe? Pode a Comissão Especial, quem sabe, ajustar isso? Tudo
pode. Eu sei que tudo pode. A conclusão que fica, eu, como Vereador, imagino
que deva ser para todos os Vereadores, sobre essa responsabilidade é a
seguinte: todos os artigos do Plano Diretor anterior foram reescritos nesta
Lei. Tudo bem, eu posso confiar, que o Governo reescreveu tudo ipsis
litteris como estava antes, mas não é razoável que eu tenha que revisar
todos os artigos, para ver se o Governo não se enganou, se não botou uma
vírgula a mais, uma palavra a mais, se não esqueceu de um artigo, porque, a
partir do momento em que eu votar, não uma revisão, mas o Plano Diretor
inteiro, eu vou estar me responsabilizando por qualquer grave erro que possa
ter no conjunto do Plano Diretor e não na revisão do Plano Diretor, Ver. Dib.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Marcelo Danéris, V. Exª fez uma
descrição que colocou a mais, a mais, e, se ele não colocou alguma palavra a
menos, também. Mas foi por isso que eu fiz a avaliação dos dias que nós temos
até o fim do ano. É impossível praticamente fazer o que se pretende fazer. E
nós estamos discutindo, hoje, e mais duas discussões sobre a realização da
Comissão. E, depois, nós vamos votar, depois, nós vamos constituir a Comissão,
depois nós vamos brigar para quem vai ser o Presidente, quem vai ser o Relator,
o Sub-Relator das Comissões Temáticas.
O SR. MARCELO
DANÉRIS: Exatamente, Ver. João Dib. O mais grave é o
seguinte: agora, não basta ao conjunto dos Vereadores e Vereadoras desta Câmara
analisar apenas a Revisão, Ver. Newton Braga. Não basta analisar a Revisão,
porque poderia ter vindo assim: “Revogam-se os artigos em contrário às
propostas de revisão aqui colocados; permanecem os que não foram alterados”.
Enumeram-se os que não foram alterados. Mas não foi feito isso. Foi revogado
todo o Plano Diretor e reescrito tudo de novo. Agora, não basta eu analisar
apenas a revisão, eu tenho que analisar o que não foi mudado, para ver se não
tem um erro ali, se não tem uma ausência, uma omissão, uma mudança. É muita
responsabilidade para a Câmara no pouco tempo que tem. Eu acho que o Executivo
Municipal deveria mandar uma Mensagem Retificativa ou, no mínimo, retirar o
Projeto, por iniciativa do Executivo, para corrigir a técnica legislativa,
porque a Câmara de Vereadores não pode assumir a responsabilidade de ter de
revisar todos os artigos que não foram alterados! Não tem cabimento isso! Seria
uma irresponsabilidade do Plano Diretor, além do que seria ilegal, seria contra
a Lei Orgânica, contra a Constituição e contra a Lei Complementar! Esse não é o
interesse de Porto Alegre. Eu acho que o Executivo tem que pegar esse Projeto
de novo, revisá-lo tecnicamente - revisar a técnica legislativa -, e devolvê-lo
depois à Câmara, para que nos debrucemos sobre a revisão, mas não sobre a
correção de algo que pode estar errado no conjunto da proposta de revisão do
Plano Diretor. Essa é a minha proposta, esse é o cuidado e a responsabilidade
que nós temos que ter antes de constituir a Comissão Especial. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Apregôo o Memorando do Gabinete
da Presidência (Lê.): “Informamos que as Vereadoras Margarete Moraes e Maria
Luiza estão em representação da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos
Humanos e Segurança Urbana e esta Câmara Municipal, em reunião realizada nesta
data, com o Secretário da Governança Local, Sr. Cézar Busatto, na Sociedade
Amigos do Bairro Cristal, para tratar dos conflitos trazidos a esta Casa
Legislativa. Atenciosamente, Vereadora-Presidenta...” Referendando o Memorando
do Vereador-Presidente da Comissão, Carlos Comassetto.
O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidenta, eu gostaria de falar sobre o Ver. Marcelo Danéris. Ele
está aborrecido pelo pouco tempo que temos para discutir o Plano Diretor, mas
eles estiveram 5.842 dias no governo e não resolveram..!
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Ver. Brasinha, lamento informar
que essa não é uma Questão de Ordem. Lamento informar.
Encerrada a 1ª Sessão
da discussão do PR nº 042/07.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1780/07 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 004/07, que dispõe sobre a criação do Sistema
Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável, que será composto
pela Conferência, pelo Conselho, pelas Micro-redes locais de SANS e pela
Coordenadoria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável, com vistas
a assegurar o direito humano fundamental à alimentação adequada, e dá outras
providências.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM.
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM, em 05-09-07
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Em discussão o PLCE nº 004/07.
(Pausa.)
O SR. ERVINO
BESSON (Requerimento): Srª Presidenta,
solicito verificação de quórum.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Solicito a abertura do painel eletrônico para
verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Ervino Besson. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) Há oito Vereadores presentes. Não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 17h52min.)
* * * * *